(Não) Vale a pena ver de novo

 

“Bater sempre na mesma tecla”. Esta gíria descreve perfeitamente como se parece o futebol pernambucano. São quase sinônimos, a mesmice de ideias sem criatividade daqueles que cercam os clubes do estado chega a irritar os torcedores e os defensores do esporte. A falta de estrutura, investimento e profissionalismo dos times e da federação local são lastimáveis.

 

“Bater sempre na mesma tecla”. Esta gíria descreve perfeitamente como se parece o futebol pernambucano. São quase sinônimos, a mesmice de ideias sem criatividade daqueles que cercam os clubes do estado chega a irritar os torcedores e os defensores do esporte. A falta de estrutura, investimento e profissionalismo dos times e da federação local são lastimáveis.

 

Por exemplo, a recente briga das três grandes equipes de Pernambuco pela contração do atleta de qualidade contestável Carlinhos Bala, 30 anos, (contratado pelo Sport até o final da temporada 2011), mostra o quanto os dirigentes estão atrasados em relação ao profissionalismo e a pouca capacidade criadora na busca de novos jogadores. Embora, nenhuma torcida tivesse querendo ver Bala em seu clube de coração todos temiam mais vê-lo no arqui-rival, o que valorizou ainda mais um jogador que pouco fez em toda sua carreira. Não é a toa que ele se proclama o “Rei de Pernambuco”, pois só aqui tem todo esse crédito.

Infelizmente, o futebol não é gerido por entendedores no assunto. Os cartolas são somente torcedores melhores remunerados querendo impor suas ideologias na instituição que eles torcem, não são empresários, empreendedores ou gestores como muitos são em suas vidas particulares.

Por isso os cenários parecem sempre se repetir não só na falta de planejamento das contratações, mas como na política interna, também. O Sport Club do Recife é uma clara demonstração de como o controle da agremiação parece ser algo desejado por todos. Adora um drama, misturado com um tempero de ódio, raiva e magoa. Nunca se viu na história de um clube de futebol tantas brigas pelo poder como no rubro-negro.


No Náutico, o ex-diretor do clube Armando Ribeiro saiu do clube por desavenças por não aceitar a renovação de contrato do velho conhecido treinador Roberto Fernandes, que também já é uma figura carimbada no futebol alvirrubro. Como o seu arqui-rival, o Sport, o timbu também está contratando jogadores que já passaram por Pernambuco. É o caso de Everton, ex-Sport, que acertou tudo com o time de conselheiro rosa e silva, por um ano e também o de Luciano Henrique (também ex-jogador rubro-negro), antigo sonho dos alvirrubros, mas que ainda não acertou.

O Santa Cruz também não foge a regra. Trouxe de volta o zagueiro Thiago Matias e o goleiro André Zuba, que saíram do próprio clube no meio de 2010 e contratou o técnico Zé Teodoro (ex-Náutico e Sport). Enquanto isso, o atacante Thiago Capixaba (que já defendeu as cores tricolores) já acertou e chega na quinta-feira (16) e o meia Eduardo Ramos (ex-Sport) também tive seu nome cogitado.

Não poderíamos deixar de lado a Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Ela que é comandada a mão-de-ferro pelo seu presidente, Carlos Alberto Oliveira, há mais de 20 anos, não apresenta nada de novo, não possui um planejamento inovador, empreendedor e futuro para as categorias de base dos clubes e além de mudar o regulamento do campeonato estadual quando quiser para favorecer determinada agremiação.

Enquanto não houver uma mudança na mentalidade dos gestores, dos torcedores e de todos aqueles que fazem parte do mundo futebolístico pernambucano não haverá uma transformação para melhor, continuará sendo a mesmice que é. Como uma novela que todos já estão cansados de ver novamente.