Paulista terá ecopontos para materiais recicláveis

A cidade será contemplada com pontos de entrega voluntária de material reciclado, restos de poda, grandes objetos (móveis, sofás), até 1m³ de entulho (resíduos da construção civil), área de doação para troca-troca e projeto para retirar mudas gratuitamente.

Com a expansão urbana, mudança de hábitos de consumo e comportamentos, as questões ambientais estão ganhando ênfase e se tornando um desafio para a gestão pública, o descarte de resíduos sólidos em locais irregulares de inúmeros municípios, como em vias públicas – ruas e calçadas – e em terrenos baldios, por exemplo, pode acarretar diversos problemas sanitários para população, como o aparecimento de doenças além de causar impactos negativos ao meio ambiente.

No dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste sábado (5), uma boa notícia surge no município de Paulista: Em parceria com a I9 Paulista, empresa responsável pela gestão dos resíduos gerados da cidade, serão construído 6 Ecopontos, local adequado para o descarte de resíduos, oferecendo conforto, praticidade e acessibilidade a quem necessita desse serviço gratuitamente, com área de 400m² e abertos ao público de segunda a sábado, das 6h às 20h. O primeiro deles será instalado no bairro de Maranguape I, no Centro Administrativo da Prefeitura – e está em contagem regressiva para inauguração com previsão de um mês.

“Pensamos em fazer um projeto que integre a comunidade. Visamos os ecopontos como uma solução para o munícipe descartar o material reciclado e principalmente aquele entulho proveniente de uma pequena obra em casa. Totalmente alto sustentável, inclusive com energia solar, a ideia principal do projeto é buscar o lixo zero e receber muito mais do que só um local para descarte de resíduos, vamos integra-lo a comunidade e usá-lo como instrumento de conscientização ambiental”, ressalta Carolina Buarque, engenheira ambiental da Locar Gestão de Resíduos. Para isso a parceira da comunidade é muito importante, aponta ainda a engenheira

Os Ecopontos contam com PEVs (Ponto de Entrega Voluntária de Recicláveis) e também recebem gratuitamente, restos de poda, grandes objetos (móveis, sofás, etc.), e até (1m³) de entulho. Na área de entrega de recicláveis foi projetado um esquema de drive thru, onde acontecerá o descarte os resíduos de acordo com sua classificação em baias localizadas na fachada do espaço, de forma rápida e prática sem precisar descer do veículo. As baias são separadas por: plástico; papel / papelão; metal; vidro; óleo de cozinha; pilhas / baterias; e resíduo eletrônico. “O PEV também é um grande diferencial da unidade, diferente dos ecopontos convencionais que normalmente só recebem resíduos de poda, volumosos e restos de construção civil, a opção de entrega prática de materiais recicláveis é importante” aponta a engenheira.

Os resíduos da construção civil terão uma área específica para descarte através da rampa que destinará o material nas caixas estacionárias tipo brooks, as quais serão removidas por caminhão tipo poliguindastre e encaminhados ao aterro de inertes.

Em parceria com a sementeira municipal será disponibilizado um espaço, localizado na fachada do ecoponto, com doação de mudas aos cidadãos. Seu funcionamento é simples e de fácil acesso com a modalidade “passou, pegou” sem precisar entrar na unidade. “A ideia é que essas mudas sejam replantadas deixando a cidade cada vez mais verde e viva”, diz Carolina.

De acordo com a definição territorial da Prefeitura, os pontos serão instalados em Maranguape I e II, Jardim Paulista, Centro, Paratibe e Janga. Para a escolha dos locais, algumas condições foram necessárias para facilitar o acesso, tais como: estacionamento de veículos, local público, iluminação, segurança e sem possibilidade de alagamento em dias de chuva.

Conscientização da população

A engenheira ambiental afirma que para manter o funcionamento correto e contínuo dos ecopontos, foi necessário o reconhecimento da necessidade de uma orientação educacional como estratégia para a adesão da população em atuar como parceira da Prefeitura, na questão da separação de resíduos recicláveis e será determinante para a inserção da Educação Ambiental nos programas direcionados para este fim.

“Vários programas voltados para a questão dos resíduos sólidos serão desenvolvidos, com o fim de adquirir o engajamento da população na separação prévia dos materiais recicláveis para serem encaminhados para a reciclagem, possibilitando uma comunidade mais do que a beneficiária passiva dos serviços públicos, mas atuante, defensora e propositora dos serviços que deseja em sua localidade, por meio de canais de comunicação entre a sociedade civil e o poder público”, afirma Carolina.

Os benefícios ambientais e sociais irão revelar a importância do trabalho educativo a ser desenvolvido, desde a sensibilização e informação da comunidade para a implantação da segregação dos resíduos, bem como o acompanhamento dos resultados. Portanto, o plano de gestão de resíduos sólidos estabelece, enquanto diretriz para o processo de educação ambiental, a necessidade do consumo consciente para a redução da geração de resíduos, a reutilização e encaminhamento para a reciclagem e a destinação ambientalmente adequada dos materiais inservíveis.

 

*Via Assessoria