Entre os alunos de grande parte das universidades brasileiras, existe, nos últimos anos, um consenso: nunca foi tão fácil fazer intercâmbio e estudar no exterior. Antes considerado um investimento que apenas os jovens com melhores condições financeiras poderiam realizar, passar uma temporada fora do País, fazendo cursos em instituições de ensino estrangeiras, tem se tornando uma realidade possível para qualquer aluno e atraído cada vez mais o interesse dos estudantes à procura de novas experiências pessoais e acadêmicas.
A experiência de um intercâmbio é sempre valiosa e, quando bem aproveitada, acrescenta boas histórias e ensinamentos na bagagem de volta para casa. Por outro lado, esse é um período que requer muita flexibilidade e alguma maturidade do viajante – que precisa se preparar para não ter um choque cultural tão intenso. Segundo Bárbara Coelho, à frente da agência Wide Intercâmbio, fatores como a experiência de morar sozinho, em um país desconhecido, sem a ajuda dos pais e de familiares, pagar contas, cozinhar, limpar a casa, administrar o dinheiro, aprender a língua e se acostumar com o clima e com certas normas e burocracias estão entre as atividades mais difíceis quando o assunto é se adaptar no novo lar. “Normalmente existem outros intercambistas no mesmo país que o daquele aluno, o que torna o processo de adaptação mais fácil. Aos poucos, o aluno vai se instalando, conhecendo a cidade e outras pessoas e, se familiarizando”, afirma.
Além disso, as experiências bem sucedidas de quem passou uma temporada nas universidades do exterior e retornou ao Brasil também tem funcionado para incentivar, cada vez mais, jovens a fazerem intercâmbio. “A partir do momento que mais pessoas vão e voltam, falando para os colegas sobre os benefícios, começa o marketing boca a boca entre eles e, consequentemente, uma maior procura por profissionais da área”, pontua a empresária. De acordo com a profissional, para que a adaptação seja algo mais fácil, é importante que o aluno já saia preparado do Brasil. “Antes de viajar o estudante deve estar seguro de sua decisão e sentir-se preparado emocionalmente para ficar sozinho num país estranho e com pessoas desconhecidas. Pesquisar os hábitos dos moradores do novo destino pode ser uma boa forma de começar”, aconselha. Segundo ela, fazer uma escolha baseada naquilo que gosta e tem fácil adaptabilidade também é imprescindível. “Não dá pra escolher um destino que no período da viagem estará num inverno rigoroso, se a pessoa não aguenta frio”, diz. “Se tem problemas com baixas temperaturas, por que passar por isso justamente num momento em que terá de enfrentar outros desafios?”, alerta Bárbara.
Depois de chegar ao destino escolhido, o jeito é buscar relaxar e saber que os primeiros dias serão diferentes de todo o resto. “Na primeira semana, a gente é surdo. Até se habituar com o sotaque, com a maneira como eles falam”, alerta . Para aqueles que procuram a agência, ela explica que eles dão todo o suporte necessário ao estudante no país de destino e aconselham: “Neste momento, respire, mantenha a calma, porque o seu intercâmbio está apenas começando”, diz. A empresária também sugere algumas dicas para amenizar a saudade de casa, como levar objetos que tragam a lembrança de casa e das pessoas pode ser uma alternativa muito válida. Travesseiros, fotos, um perfume de alguém, tudo isso ajuda o estudante a se sentir melhor e aproveitar esta experiência única.
*Via assessoria