A critica de Moacir dos Anjos

Por Sonayra Costa

Expressando o indizível, pesquisador em arte lança coletânea de críticas

Quando o debate entre o belo e o não belo desloca a sua dúvida para o que pode ou não ser considerado arte, a figura do crítico ganha força. Cada vez mais determinante como aquele que traçará os limites do fazer artístico e da compreensão do produto por seus espectadores-consumidores, é ele quem institucionaliza os julgamentos por menos unânimes que sejam.

Há uma década, essa é a função que Moacir dos Anjos desempenhapor meio dos trabalhos de pesquisa, curadoria e gestão em artes visuais. A produção textual desenvolvida ao longo desse período está agora disponível numa seleção de 22 textos agrupados no livro Arte Bra Crítica.

Os textos versam sobre artistas diferentes de forma clara e até um tanto didática. Resultado do esforço do autor para compreender e traduzir sentimentos e pensamentos gerados do contato com as obras daqueles sobre quem escreve. Um trabalho que tenta “capturar o impossível”, como admitiu Moacir.

Por Sonayra Costa

Expressando o indizível, pesquisador em arte lança coletânea de críticas

Quando o debate entre o belo e o não belo desloca a sua dúvida para o que pode ou não ser considerado arte, a figura do crítico ganha força. Cada vez mais determinante como aquele que traçará os limites do fazer artístico e da compreensão do produto por seus espectadores-consumidores, é ele quem institucionaliza os julgamentos por menos unânimes que sejam.

Há uma década, essa é a função que Moacir dos Anjos desempenhapor meio dos trabalhos de pesquisa, curadoria e gestão em artes visuais. A produção textual desenvolvida ao longo desse período está agora disponível numa seleção de 22 textos agrupados no livro Arte Bra Crítica.

Os textos versam sobre artistas diferentes de forma clara e até um tanto didática. Resultado do esforço do autor para compreender e traduzir sentimentos e pensamentos gerados do contato com as obras daqueles sobre quem escreve. Um trabalho que tenta “capturar o impossível”, como admitiu Moacir.

Antonio Dias, Vik Muniz, Rosângela Rennó e Paulo Bruscky são alguns dos que têm sua arte analisada, no sentido mais estrito da palavra, pelas criticas de Moacir. O detalhamento com que trata os assuntos atravessa todos os textos e faz parecer que nada pode escapar aos olhos desse doutor em economia que trocou a exatidão dos números pela subjetividade dos temas culturais e filosóficos.

 

As críticas não são inéditas, mas anteriormente circulando em espaços de acesso restrito, agora ganham visibilidade e ampliam o seu público. Entretanto, uma preocupação do crítico durante a preparação do livro foi apenas listar textos que não tivessem datados e caracterizassem em demasia o evento que justificou a sua produção. Esse trabalho foi coordenado e editado pelaAutomática Produção Contemporânea e faz parte de uma coleção que agrupa críticas de autores sobre obras de artistas visuais brasileiros.

Para Moacir dos Anjos, o livro é uma tentativa falha de dizer algo indizível, escrever coisas que não se traduzem por meio de letras e palavras. Porém, quem lê não se depara com falhas, e sim com a expressão de uma paixão fascinante pela arte que alerta ao risco de ser contagiosa.

Foto: Divulgação

 

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