Programação prossegue até domingo, 12, no Centro Apolo-Hermilo
A dualidade do ser humano entre o anjo e o demônio, a luz e a sombra, o que se vê e o que está oculto. Esta foi a tônica de “O Palhaço Jurema e os Peixinhos Amarelos” que abriu a programação da Semana Hermilo, nesta quarta-feira (08). A noite contou ainda com a apresentação do grupo “Rabequeiros, sim senhor!” e a abertura da exposição “OlhOnu em Cena”, do fotógrafo falecido em 2014, Marcelo Lyra.
Na abertura, a atriz e secretária de Cultura Leda Alves lembrou com carinho do companheiro, do escritor e do homem Hermilo Borba Filho. Sem querer destacar números para definir a importância de sua obra para o teatro e a literatura, Leda afirmou: “A minha fala é uma ode a Hermilo. Dentro de mim ficaram gravadas frases dele que se transformaram em bandeiras na minha vida”.
Logo em seguida, sete alunos do curso de rabeca promovido no espaço sob a coordenação do professor Cláudio Rabeca, realizaram uma apresentação no hall de entrada do Teatro Hermilo. Ao final da apresentação, eles convidaram o público presente a acompanhá-los na abertura da exposição que homenageia o fotógrafo Marcelo Lyra. A mostra composta por fotos de espetáculos de teatro e dança, clicados por Marcelo no Recife, terá um caráter de rodízio ao longo do mês, sempre com novas imagens para o público.
Depois disso, no palco, “O Palhaço Jurema e os Peixinhos Amarelos”, texto inspirado livremente na obra “O Palhaço”, de Hermilo, levou o público a refletir sobre aquilo de mais oculto existe em seu ser. Num texto sem pretensão de definir ou julgar o personagem, a peça encenada por Gilberto Brito e Andrezza Alves, usa da simplicidade do cenário para falar da complexidade do homem. A montagem do Coletivo Construtores de Histórias teve o texto adaptado por Carlos Carvalho e direção de Quiércles Santana.
O secretário executivo de Gestão Cultura, Williams Santana, analisando o texto da encenação, definiu bem a proposta de Hermilo Borba Filho na construção de seus personagens:”Hermilo burila de maneira poética essa dualidade que o ser humano é. Quem lê esse conto pela primeira vez tem a possibilidade de fazer diversas leituras dele, porque ele não fecha questão sobre o personagem”, afirmou.
Semana – Até domingo (12) o público vai poder conhecer o universo dos textos hermilianos, através de leituras dramáticas e bate papo com diretores da arte cênica pernambucana. Nesta quinta-feira (09), a partir das 20h, quem abre a noite é a performance de Azaias Rodrigues, intitulada “Mucurana – de mundo afora e história adentro”. Logo depois, alunos do Instituto de Cultura Técnica realizam uma leitura dramática do texto “A Donzela Joana”. Encerrando a noite, o público poderá trocar idéias sobre os textos com o gerente geral do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo, Carlos Carvalho.
Serviço:
Semana Hermilo
Quando: de 8 a 12 de julho
Horário: quarta a sábado, às 20h. Domingo, 16h
Local: Centro Apolo Hermilo, Rua do Apolo, 101, Bairro do Recife
Informações: 3355.3318/3319
*Via assessoria
