“Por que não vivemos?”, da obra “Platonov”, de Anton Tchekhov, uma produção da companhia brasileira de teatro

Com direção de Marcio Abreu, obra inédita no país chega ao Recife  nosdias 9, 10, 11 e 12 de dezembro, no Teatro de Santa Isabel, com elenco formado por Camila Pitanga, Cris Larin, Edson Rocha, Josi.Anne, Kauê Persona, Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e Rodrigo de Odé

Após se dedicar à criação de dramaturgias originais, montagens e traduções de autores contemporâneos inéditos, a companhia brasileira de teatro retorna aos clássicos sem perder, no entanto, o caráter de inovação. Escrita pelo dramaturgo russo Anton Tchekhov (1860-1904) por volta dos 20 anos, a história do professor Platonov foi descoberta nos arquivos do seu irmão após a sua morte, e publicada em 1923. Inédita no Brasil, a obra recebeu, nesta adaptação da companhia brasileira de teatro, com direção de Marcio Abreu, o nome “Por que não vivemos?”. A temporada em SP foi interrompida pela pandemia COVID-19, e retorna aos palcos no Recife nos dias 9, 10, 11 e 12 de dezembro, no Teatro de Santa Isabel, de quinta a sábadoàs 19h e domingo às 18h. Os ingressos são R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e começam a ser vendidos exclusivamente online a partir a partir de 19 de novembro de 2021.

A vontade da companhia de montar esse texto vem desde 2009. Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar assinam a adaptação da obra, feita por a partir de uma tradução original do russo por Pedro Alves Pinto e de uma publicação francesa. Embora não tenha um título oficial, a peça foi publicada em diversos países como “Platonov”, em homenagem a um dos personagens, o professor Mikhail Platonov. Foi somente no final da década de 1990 que a obra ganhou traduções e montagens em diversos teatros da Europa. Em 2017, os atores Cate Blanchett e Richard Roxburgh estrearam uma versão do texto na Broadway, em Nova York, chamada de “The Present”.

Por ser uma obra sem título oficial, o grupo batizou a peça com uma pergunta chave que está inserida no texto: por que não vivemos como poderíamos ter vivido?. “Essa questão, que se abre para tantas outras, é um pouco a alma dessa peça”, diz Marcio.  “Quando esse texto foi resgatado, não havia capa nem título. Como outras peças em que o personagem principal dá nome ao texto, como Ivanov, se deu esse nome Platonov”, conta Giovana Soar, que ressalta que o título escolhido pela companhia traduz o drama que permeia o espetáculo. “São pessoas que gostariam de estar em outro lugar, mas não fizeram nada para isso. Mostra como a trama da vida vai se desenrolando e as pessoas vão caindo na armadilha de ficar onde estão”.

A peça trata de temas recorrentes na obra de Tchekhov, como o conflito entre gerações, as transformações sociais através das mudanças internas do indivíduo, as questões do homem comum e do pequeno que existem em cada um de nós, o legado para as gerações futuras – tudo isso na fronteira entre o drama e a comédia, com múltiplas linhas narrativas. “É o primeiro texto de Tchekhov, um texto muito jovem, mas muito revisitado em diversos países porque tem nele o que depois vem a ser o cerne do Tchekhov”, diz o diretor.

O elenco é formado por Camila Pitanga, Cris Larin, Edson Rocha, Josi.Anne, Kauê Persona, Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e Rodrigo de Odé. Na adaptação da companhia brasileira de teatro, a história não se desenrola num lugar definido, tampouco na época em que foi escrita. Ambientada numa propriedade rural de uma jovem viúva, a história se passa durante uma grande festa, na qual está presente Platonov, um aristocrata falido. Ele se tornou professor, por despeito e para camuflar sua revolta contra seu falecido pai e a sociedade. Bem articulado, brilhante e sedutor, ele é admirado e invejado. Seu reencontro com Sofia, um amor de juventude, reaviva seu desespero.

“Por que não vivemos”? estreou em julho de 2019 no CCBB do Rio de Janeiro, fez temporadas nosCCBB’s de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo entre setembro/2019 a março de 2020.

SOBRE A COMPANHIA

A companhia brasileira de teatro é um coletivo de artistas de várias regiões do país fundado pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu em 2000, em Curitiba, onde mantém sua sede num prédio antigo do centro histórico. Sua pesquisa é voltada sobretudo para a criação contemporânea. Entre suas principais realizações, peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como “PRETO” (2017), “PROJETO BRASIL” (2015), “Vida” (2010), “O que eu gostaria de dizer” (2008), “Volta ao dia…” (2002). Há ainda uma série de criações a partir da obra de autores inéditos no país: “Krum” (2015), de HanockLevin; “Esta Criança” (2012), de JoëlPommerat; “Isso te interessa?” (2011), a partir do texto “Bon, Saint-Cloud”, de NoëlleRenaude; “Oxigênio” (2010), de Ivan Viripaev. A companhia realiza frequentes intercâmbios com outros artistas no país e no exterior. Estreou na França em 2014 o espetáculo “Nus, ferozes e antropófagos” em parceira com o coletivo francês Jakart. Mantém um repertório ativo e que circula com frequência. Recebeu os principais prêmios das artes no país. Mais informações:www.companhiabrasileira.art.br

Ficha técnica:

Por que não vivemos?
Da obra Platonov, de Anton Tchekhov
Direção: Marcio Abreu
Assistência de Direção: Giovana Soar e Nadja Naira
Elenco: Camila Pitanga, Cris Larin,
Edson Rocha, Josi.Anne, Kauê Persona,
Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e
Rodrigo de Odé
Adaptação: Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar
Tradução: Pedro Augusto Pinto e Giovana Soar
Direção de Produção: José Maria
Produção Executiva: Cássia Damasceno
Iluminação:Nadja Naira
Trilha e efeitos sonoros: Felipe Storino
Direção de movimento: Marcia Rubin
Cenografia: Marcelo Alvarenga | Play Arquitetura
Figurinos: Paulo André e Gilma Oliveira
Direção de arte das projeções: Batman Zavareze
Edição das imagens das projeções: João Oliveira
Câmera: Marcio Zavareze
Técnico de som | projeções: Pedro Farias
Assistente de câmera: Ana Maria
Operador de Luz: Henrique Linhares e Ricardo Barbosa
Operador de vídeo: Marcio Gonçalves e Michelle Bezerra
Operador de som:Bruno Carneiro e Felipe Storino
Máscaras: José Rosa e Júnia Mello
Fotos: Nana Moraes
Programação Visual:PablitoKucarz
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques | Canal Aberto Comunicação
Difusão Internacional: Carmen Mehnert | Plan B
Produção: companhia brasileira de teatro

Projeto realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Patrocínio:Furnas
Realização:Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal

Serviço:
Teatro de Santa Isabel
Praça da República, s/no.
81 3355-3323
Ingressos somente pela Sympla, a partir de 19 de novembro.
Sessões nos dias 9, 10, 11 e 12 de Dezembro de 2021
De quinta a sábado, 19h
Domingo, 18.
Capacidade limitada a 496 pessoas.
Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia)

Contatos:
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*Via Assessoria