Profissionais que atuam na coleta de lixo têm sido vítimas de acidentes com objetos cortantes no Brasil, apesar do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); pessoas e animais que mexem no lixo antes de ele ser recolhido também estão sujeitos ao perigo de se machucarem. Além das lesões físicas, esse tipo de situação pode acarretar ainda na contaminação por doenças transmitidas pelo sangue, tais como hepatites B, C e HIV, e provocar danos irreversíveis ao acidentado.
Os acidentes são causados por cacos de vidro, lâminas, latas de alumínio, palitos de espetinho e até agulhas utilizadas em seringas. De acordo com a Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), os perfurocortantes são considerados Resíduos Sólidos e resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar e comercial.
Para reduzir acidentes, Carolina Buarque, engenheira ambiental da Locar Gestão de Resíduos, orienta a população para que embrulhe em jornais, revistas ou papelão os objetos cortantes, como cacos de vidro, antes de serem depositados nos sacos plásticos comuns. Também podem ser utilizadas embalagens “pet” para isolar esse tipo de objeto. “Esses cuidados contribuem para a saúde dos profissionais que trabalham para o bem-estar de toda a população e cuidado com o meio ambiente”, lembra. Na Locar, os casos correspondem a 30% do total de acidentes de trabalho.
A Fiocruz ressalta que os materiais perfurocortantes devem ser devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico, tendo a sinalização de “PERFUROCORTANTE” e os riscos adicionais, químico ou radiológico.
A orientação dada também pela Locar é que os materiais de saúde – como agulhas e seringas – utilizados por pacientes no ambiente domiciliar que ofereçam riscos de contaminação ou de acidentes “nunca devem ser descartados no lixo doméstico”, destaca Carolina. É de extrema importância que esse material seja armazenado corretamente e entregues nos postos de saúde municipais dos bairros ou em farmácias. Em caso de dúvidas basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e informar-se sobre o descarte adequado desses resíduos.
*Via Assessoria