O centro de convenções recebeu, ontem à noite, cerca de nove mil pessoas para mais uma noite de axé, samba e brega, tendo como atração principal a Banda Eva, comandando o projeto EvaNave. Além dos baianos, rolou show da bacana Sambô, dos garotos da Jeito Moleque e da banda irreverente de brega Faringes da Paixão, atual queridinha dos recifenses.
A noite começou com o show da banda Sambô, um pouco além do horário marcado de início, às 18h. Os caras, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, fizeram uma ótima apresentação, animados e afinados, desfilando por grandes sucessos do samba, a exemplo de “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar…”, “O show tem que continuar”, entre tantas outras. O público, ainda tímido, respondia com bastante empolgação. A apresentação acabou às 20h45.
Mas o atraso, estrategicamente provocado para levar o público ao galpão, não comprometeu a noite. Muito pelo contrário. Saulo e sua trupe começaram a ser apresentar por volta das 21h10 e, logo no começo, o cantor evocou Pernambuco. O povo foi ao delírio. Ele começou o seu show, que durou três horas, com “Rua do Sossego”, “Rua 15 (Oba, oba, oba)”. E daí por diante uma rolou coletânea de sucesso, a exemplo de “Flores”, de 1994.
Saulo ainda abriu espaço para canções de Alceu Valença (Morena Tropicana e La Belle De Jour), Frevo Mulher, Táxi Lunar, além de sucessos de Chiclete com Banana, Asa de Águia, Timbalada… A Jeito Moleque começou sua apresentação à 1h20 (neste ínterim entre uma banda e outra, um DJ se apresentava). No show, nada além do previsível. Sucessos cantados em coro por um público ainda grande.
A surpresa da noite foi este mesmo público ter esperado, sem sinais de cansaço, o show da pernambucana Faringes da Paixão, com seu brega rasgado e irreverente. Queridinha dos recifenses, a banda tem tocado em praticamente todas as festas da cidade, sempre empolgando com paródias de I Gotta Feeling, sem falar nas músicas da Banda Lapada, Frutos do Amor, Kelvis Duran… Finalizando a noite às (…).