Paço do Frevo festeja seus 10 anos com Orquestra Malassombro e mais de 20 convidados no Dia do Frevo

Com entrada gratuita, programação especial de aniversário, no dia 9 de fevereiro, terá apresentações de artistas de várias gerações do Frevo: de Getúlio Cavalcanti, Claudionor Germano, André Rio e Almir Rouche a Martins, Flaira Ferro e Zé Manoel

Os clarins vão anunciar logo cedo, às 6h da manhã, num ritual que se repetirá a cada hora, até o meio-dia: 9 de fevereiro é dia de festa. Das janelas do Paço do Frevo, o instrumento que faz frever a multidão dará seus acordes para convidar à celebração da primeira década do museu que, não coincidentemente, foi inaugurado no Dia do Frevo. Em 9 de fevereiro de 2024, festeja-se duplamente: 117 anos do Frevo, 10 anos do Paço do Frevo. O equipamento cultural abre as portas às 10h, com acesso gratuito a todos. A programação especial de aniversário começa às 11h30 e se estende até as 14h. Várias gerações de artistas que cantam a tradição e a renovação do ritmo com igual amor e entusiasmo vão se encontrar para viver a música, a dança e o sentimento chamado Frevo.

“É muito importante para o Recife poder contar com um espaço de salvaguarda para o Frevo e suas diversas manifestações artísticas e culturais, que permeiam desde a dança aos saberes e fazeres da cultura popular como estandartes e flabelos. O Paço do Frevo tem esse importante papel de eternizar e renovar a sonoridade ao mesmo tempo em que também promove uma imersão no mais pernambucano dos ritmos para moradores da cidade e turistas, pregando e semeando toda a magia e o espírito de confraternização foliã que só o maior Carnaval em linha reta oferece”, atesta o prefeito do Recife, João Campos.

A partir das 11h30, no terceiro andar do Paço, chega a Orquestra Malassombro, antenada em preservar a tradição com sua instrumentação e em inová-la com arranjos arrojados e letras descontraídas. O conjunto vai receber mais de 20 convidados deste e de outros carnavais: Zé Manoel, Getúlio Cavalcanti, Isaar, Flaira Ferro, André Rio, Mônica Feijó, Martins, Claudionor Germano, Marron Brasileiro, Carlos Filho, Almir Rouche, Sofia Freire, Tonfil, Surama, Albino, Cláudio Rabeca, Luciano Magno, Nena Queiroga, Ed Carlos, Valéria Moraes e Dona Nana Moraes.

Os corpos que dançam serão representados por seus muitos estilos e formas de viver o ritmo. Passistas que movem e comovem se apresentarão em uma Roda de Frevo. São eles: Mestre Wilson, Gil Silva, Juninho Viégas, Jefferson Figueirêdo, Inaê Silva, Dadinha, Bhrunna Renata, Mestre Tonho das Olindas, Valéria Vicente, Mariângela Valença, Matheus Lumiére, Edson Vogue, Rebeca Gondim e Loy do Frevo, em condução da multiartista Luna Vitrolira.

Às 14h, o Paço do Frevo fecha e convida seu público a curtir o Carnaval nos braços de Momo: pelas ruas do Recife. O museu reabre na Quarta-Feira de Cinzas.

“Principal marca da nossa identidade pernambucana, o Frevo merece ser vivido e celebrado todos os dias do ano, e não apenas no Carnaval. Este é um dos objetivos do Paço Frevo, um Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, reconhecido pelo Iphan, que, há 10 anos, se dedica a proteger, divulgar e propagar a prática do Frevo para as atuais e futuras gerações, partindo do princípio de que, se o patrimônio não for desejado, apreciado e consumido, não estará preservado”, pontua Ricardo Piquet, diretor do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que faz a gestão do Paço do Frevo, equipamento mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

O mais visitado do Recife entre os museus municipais, o Paço registrou um público de mais de 156 mil pessoas apenas em 2023. E neste janeiro, às vésperas do aniversário de 10 anos, atingiu a histórica marca total de um milhão de visitantes.

Luciana Félix, diretora do equipamento, celebra o fato de o museu expandir o Frevo através de atividades de pesquisa, difusão, educação, formação e escuta ativa das comunidades, possibilitando sua atualização e ressignificação como uma manifestação dinâmica. “O Paço do Frevo abre caminhos e perspectivas para o futuro do Frevo e do seu patrimônio, enfatizando os potenciais de transformação social e ampliando a ação do museu como espaço de referência e difusão, nacional e internacionalmente, dessa manifestação cultural.”

“A história do Frevo se reconta, se recria, se encontra com passados e futuros, em um ambiente onde ele é reconhecido por inteiro, em ritmos, cores, princípios, passos. Isso é o Paço. Uma década de vida traduzindo memórias ancestrais e transformadoras; um milhão de visitantes se somando à paixão por este patrimônio da humanidade. Viva o Frevo, Frevo vivo, viva o Paço”, celebra o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.

Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, acrescenta que uma década de existência e um milhão de visitantes são marcas importantes, que confirmam cada passo de uma trajetória tão bem-sucedida. “É muito a ser celebrado. Mas ainda é pouco diante do tanto que ainda temos para ferver no Paço e dele em diante. O Paço do Frevo é casa para todo recifense, um espaço para o mundo conhecer, que nos representa e apresenta para todos e para o futuro, contando os primeiros e já coloridos capítulos da celebração e da cultura como caminhos de resistência de sobrevivência.”

O diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, empresa mantenedora do Paço do Frevo, aponta para o compromisso do Instituto com o fomento à cultura e a valorização das nossas diversas expressões artísticas. “É com grande satisfação que celebramos os dez anos do Paço do Frevo. Que, através dele, essa manifestação cultural tão representativa de Pernambuco e do Brasil, Patrimônio Imaterial da Humanidade, possa chegar a ainda mais pessoas nas décadas que estão por vir”, afirma Hugo Barreto.

PAÇO DO FREVO – Reconhecido pelo Iphan como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo. Patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.

O Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife e da Secretaria Municipal de Cultura, e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, tem o patrocínio master do Nubank, o papel de mantenedor do Instituto Cultural Vale e o copatrocínio do Grupo  SulAmérica. Conta com o apoio do Grupo Globo e da White Martins.

SERVIÇO
10 anos do Paço do Frevo
Acesso gratuito
Programação:
6h às 12h: clarins nas janelas do Paço do Frevo, de hora a hora
10h: abertura do museu ao público
11h30: show da Orquestra Malassombro e mais de 20 convidados + Roda de Frevo com passistas
14h: museu fecha as portas, reabrindo na Quarta-Feira de Cinzas

Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife, Recife
Horários: Terça a sexta, 10h às 17h | sábado e domingo, 11h às 18h
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) – entrada gratuita às terças-feiras
Site: https://pacodofrevo.org.br/
Instagram: @pacodofrevo

*Via Assessoria