Incertezas da pandemia não inviabilizam celebrações de final de ano dos pernambucanos

Fecomércio-PE destaca que 2 entre 3 pernambucanos desejam comemorar tanto o Natal quanto o Réveillon

Festividades tradicionais, as comemorações de Natal e Ano Novo foram impactadas e adaptadas com a pandemia da Covid-19. Neste ano, a sondagem de opinião da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) revelou que 79% dos consumidores do Estado pretendem comemorar alguma das festividades de final de ano, com 2/3 comemorando tanto o Natal, quanto o Ano Novo. O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 7 de dezembro, envolvendo uma amostra de 800 consumidores de todo Pernambuco.

No interior, a intenção de comemorar o final de ano é maior que na Região Metropolitana do Recife, chegando a mais de 91%, enquanto na RMR ocorre entre 72% dos consumidores. “As festas de fim de anos são tradicionais em todo Estado, em especial no interior. O avanço da vacinação contra o coronavírus e a maior circulação dos consumidores permite com que as datas aqueçam o comércio no final de 2021”, afirma o assessor econômico da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva.

As comemorações em ambientes externos serão procuradas por uma parcela bastante reduzida dos consumidores, tanto para evitar gastos quanto para se proteger de aglomerações e privilegiar a volta das confraternizações familiares sem as restrições de 2020. Nesse sentido, apenas 6% pretendem participar de show ou eventos temáticos de Natal ou Réveillon, enquanto que apenas 8,4% pretendem confraternizar em bares ou restaurantes.

A instabilidade econômica preocupa. Entre os que não pretendem comemorar o final de ano, os principais motivos apontados foram a falta ou a insuficiência de dinheiro (37%) e a insegurança quanto aos rumos da economia (33%) nos próximos meses, ou seja, quanto à trajetória da inflação e emprego, bem como das condições de crédito. A elevação dos preços no varejo e o endividamento também foram citados como fatores relevantes na decisão de não comemorar ou não realizar gastos no final de ano.

Corroborando o cenário adverso para os gastos familiares, com a crescente alta de preços e o desemprego elevado, a maioria dos consumidores que desejam comemorar o final de ano em 2021 apontaram que pretendem realizar suas confraternizações em casa: mais de 77% no estado, chegando a quase 81% no interior. Na RMR, 24% das pessoas com 18 anos ou mais pretendem realizar uma viagem no final de ano, proporção que chega a mais de 28% no interior.

COMPRAS – A sondagem investigou a intenção em realizar compras para uso pessoal ou doméstico no final de ano e quase 27% dos consumidores apontaram esse desejo. “Por outro lado, cabe salientar que parte desses consumidores declaram ter aproveitado as promoções do Black Friday, que ocorrem na última semana de novembro, para adiantar tais compras, então, não concentrando essas atividades no mês de dezembro. Essa perspectiva corrobora o resultado da sondagem referente ao Black Friday, a qual já havia estimado que aproximadamente 30% dos consumidores adiantariam compras de final de ano no final do mês anterior”, explica o assessor econômico da Fecomércio-PE.

A tradicional compra de presentes para parentes e amigos é intenção de quase 44%, ou seja, menos que a metade dos consumidores que desejam comemorar o final de ano. Maior proporção se observa apenas entre os consumidores com renda domiciliar acima de 5 salários mínimos. Entre os consumidores que pretendem presentear, a média de presentes é de 4 itens por consumidor nas faixas de renda domiciliar de até três salários mínimos e de 6 itens nas faixas acima de três salários mínimos. No interior, a média chega a 7 itens na faixa de cinco a dez salários mínimos e 8 itens na faixa com mais de 10 salários mínimos.

Quanto ao local de compra dos presentes, 52% pretendem comprar em lojas do comércio tradicional, 51% pretendem comprar em shopping centers e 26,9% pretendem comprar no comércio eletrônico. “Cabe destacar que as compras pela internet ganham cada vez mais espaço entre as opções dos consumidores, sobretudo na RMR, onde quase 40% pretendem acessar, superando o comércio tradicional”, ressalta Saraiva. No interior, a configuração é bem diferente, com 78% dos consumidores optando pelo comércio tradicional e 40% pelos shoppings.

O valor médio por presente é estimado em R$159, com R$113 na faixa de renda domiciliar de 1 a 2 salários mínimos e alcançando R$216 na faixa com mais de 10 salários mínimos mensais. Na RMR, o valor médio declarado dos presentes chegou a R$165, variando de R$131 na faixa de renda domiciliar de 1 a 2 salários mínimos e alcançando R$215 na faixa com mais de 10 salários mínimos mensais.

Entre os tipos de itens escolhidos para presentear, se destacaram as opções de vestuário, citados por 36,7% dos consumidores, seguidos dos brinquedos ou jogos não eletrônicos (22%), perfumes e cosméticos (20,6%) e calçados (14,7%).  O pagamento com cartão de crédito será a principal opção entre os consumidores, seguido pelo pagamento em dinheiro ou débito, o qual divide com o PIX ou transferência bancária a preferência entre os consumidores na RMR.

*Via Assessoria