Prática e repertório sociocultural são peças-chave pra uma redação nota mil

Tira a nota máxima na redação é o sonho da grande maioria dos estudantes que estão se preparando para o vestibular, afinal, ela é uma das partes mais importantes e de maior peso nas provas, além de uma das mais complexas. Não por acaso, são poucos os brasileiros que conseguem “fechar” a redação, tanto do ENEM quanto dos vestibulares tradicionais, mas esse é um desafio que pode ser contornado.

Com a proximidade das provas do ENEM, faltando pouco mais de quatro meses para o certame, e com o vestibular SSA também batendo na porta, o momento, para os estudantes, é de aprimorar a prática da redação. “Durante muito tempo, estudar redação significava apenas compor um texto. Hoje, entende-se que, para conquistar um bom resultado, é preciso um pouco mais de esforço, já que uma redação de sucesso é a composição de uma série de fatores”, afirma Eduardo Pereira, professor do Colégio CBV.

Segundo o docente, o grande segredo para chegar à nota máxima é impressionar o leitor entregando tudo o que a banca examinadora espera. E entregar com alto rendimento. “Primeiro, o aluno precisa conhecer as regras do jogo e as exigências de cada banca. ENEM e UPE, por exemplo, exigem algumas competências diferentes, então é preciso saber o que entregar e a quem para atingir as notas mais altas”, completa.

A compreensão e adequação ao tema proposto e o cumprimento da norma culta da língua portuguesa são competências importantes a serem atendidas. Porém, o professor alerta que não basta apenas acertar na gramática. “O aluno deve ter domínio linguístico, para que não erre e comprometa a nota, mas também precisa saber fazer construções sintáticas mais complexas e usar um vocabulário mais sofisticado. O uso correto de conectivos, preposições e pronomes relativos são bem vistos no texto”, explica.

Outra competência tem relação com o repertório sociocultural do candidato. “Indico sempre que o aluno tenha como meta ampliar o seu capital intelectual. Vale assistir filmes, séries, documentários, ler livros. Tudo isso vai ajudar e muito na construção de um repertório amplo. Mas não basta só nisso. Tem que fazer anotações, colocar no papel suas impressões, fazer análises, encontrar as problemáticas e pensar em propostas para resolvê-las”, completa.

Para o professor, uma dica infalível é ler redações que já tiraram nota máxima em outros exames, estudar suas construções e estratégias e tentar reproduzi-las com suas próprias palavras e argumentos. Uma dessas redações pode ser a do ex-aluno do CBV Thiago Nakazone, que em 2019 foi um dos 53 candidatos do país a atingir mil pontos em redação do ENEM, abordando o tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. 

“Eu praticava bastante, escrevia entre três e quatro textos por mês. As correções me ajudaram muito. Eu sempre levava meus textos para os professores corrigirem. Receber esse feedback é essencial para que você não volte a cometer os mesmos erros nas produções seguintes”, afirma Thiago. Ele conta que o aprofundamento nos estudos das áreas de humanas e linguagens também o ajudou na construção de um bom repertório para sua escrita. 

“Além disso, eu sempre tentava articular nos textos referências mais próximas do meu dia a dia, como filmes, músicas, livros, etc, de forma a deixar o texto mais rico”, completa. De aluno nota mil para universitário, Thiago, que foi aprovado no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trilha agora seu caminho de sucesso profissional, já dando seus primeiros passos em uma empresa júnior.

Pratique Redação – Para incentivar ainda mais a prática da redação, o CBV incluiu no seu Ecossistema de Aprendizagem Inovador (EAI) a disciplina eletiva “Pratique Redação”, um laboratório virtual, extraclasse, onde os alunos encontram propostas de temas, fazem suas redações e apresentam aos corretores. Com as correções feitas e feedbacks estruturados de acordo com as correções das provas oficiais, a proposta é que os estudantes reescrevam os textos a partir das observações feitas pelo corretor. No cronograma, os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio farão 16 redações ao longo do ano. Já os alunos do 3º ano terão 18 temáticas diferentes para produzir.

*Via Assessoria