Publicações saúdam o legado artístico e cultural de entidades e grupos
Com programação virtual recheada neste mês de maio, o Centro Cultural Cais do Sertão cede espaço para mais novidades. Desta vez, o museu se dedica a homenagear os Patrimônios Vivos de Pernambuco em série de posts semanais. Nesta semana, o primeiro a ser destacado é o xilogravurista J.Borges, que mantém ateliê no município de Bezerros.
As publicações irão ao ar sempre às segundas-feiras, no perfil oficial do Instagram do Cais (@caisdosertao). Todo o trabalho de pesquisa e curadoria ficou a cargo das equipes de conteúdo e educativo do museu. As obras de J. Borges rodaram o mundo e também fazem morada no Cais do Sertão, que exibe 60 xilogravuras que ilustram a migração do Sertão para a cidade, no painel presente no Território Migrar.
SOBRE J.BORGES
José Francisco Borges nasceu no dia 20 de dezembro de 1935, em Bezerros, Agreste de Pernambuco, onde vive até hoje e dá vida aos seus escritos, ilustrações e talhas. Aos 21 anos, Borges escreveu o cordel “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, que foi xilogravada por Mestre Dila e vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses.
Naquela época, Borges não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, por isso resolveu que ele mesmo faria os desenhos. Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.
Suas gravuras foram usadas na abertura da telenovela “Roque Santeiro (1975)”, da Rede Globo. Nessa época, Borges começou a gravar matrizes de tamanhos maiores que permitiu expor seu trabalho internacionalmente em galerias e exposições pela Europa, Estados Unidos e Novo México. J. Borges foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito e recebeu o prêmio Unesco na categoria Ação Educativa/Cultural.
*Via Assessoria