Leituras são indicadas por doutorando em Literaturas Africanas e Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Estácio
O dia 13 de maio é o marco nacional da Abolição da Escravatura. Nesta data, em 1888, foi homologada a Lei Áurea, que determinou a liberdade para os povos negros. Porém, o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Estácio, Paulo Sergio Gonçalves, afirma que a verdadeira história por trás desse ato ainda é pouco conhecida ou explorada, e a data deve ser vista de forma crítica.
“Precisamos entender que essa data representa a luta e resistência dos negros, não foi um ato de bondade da coroa portuguesa, o que muitas vezes se acredita pelo desconhecimento da História. E uma das formas de nos apropriarmos mais desse conhecimento é através da literatura, que nos traz obras marcantes para a compreensão da história e do contexto atual da população negra”, declara.
E para conhecer mais sobre a verdadeira história, luta e resistência do povo negro brasileiro, Gonçalves, que também é Doutorando em Literaturas Africanas, indica quatro livros fundamentais:
PALMARES “Escravidão e Liberdade no Atlântico Sul”, de Flávio Gomes – O livro retrata uma perspectiva histórica dos movimentos de resistência negra, tais como as fugas em massa e as formações dos quilombos e a organização deste ambiente.
POLÍTICAS DA RAÇA “Experiências e legados da abolição e da pós-emancipação no Brasil”, de Flávio Gomes e Petrônio Domingues (orgs) – Coletânea de artigos científicos que tratam da questão abolicionista, dos movimentos de migrações quilombolas e da condição do negro no pós-abolição no Brasil.
AFRICANOS LIVRES “A abolição do tráfico de escravos no Brasil”, de Beatriz G. Mamigonian – A obra retrata a confluência das histórias que envolvem a abolição da escravatura no Brasil.
HISTÓRIA DO NEGRO BRASILEIRO, de Clóvis Moura – O livro aborda a congruência da história do negro brasileiro em relação a formação do Brasil como nação.
*Via Assessoria