O home office tornou-se realidade para a maioria dos profissionais e manter o foco é um desafio para garantir bom desempenho no trabalho
Trabalhar no conforto da casa: mais liberdade, flexibilidade em horários e qualidade de vida. O que para muitos pode ser o cenário ideal, também pode causar desconforto para aqueles que possuem dificuldades para sair da zona de conforto ou deixam a procrastinação falar alto. Treinar o cérebro para lidar com as demandas profissionais e do dia-a-dia se revela uma estratégia assertiva ao aumentar as habilidades cognitivas.
De acordo com uma pesquisa feita por Nicholas Bloom, da Universidade de Stanford, trabalhar em casa deveria ser o modelo padrão. Em teste com funcionários da agência de viagens chinesa Ctrip, Nicholas notou que a produtividade daqueles que trabalhavam remotamente aumentou cerca de 13%. Além de apresentarem maior satisfação pessoal, as pausas eram menos frequentes e as doenças físicas também.
Para aqueles que tiveram que se adaptar a essa nova rotina da noite para o dia, é preciso preparar o cérebro. A prática exige autodisciplina, concentração, foco e inteligência emocional. “O nosso cérebro tem a capacidade de se adaptar e aprender, à medida que colocamos em prática nossas habilidades cerebrais. Logo, quanto mais exercitarmos determinadas funções, melhores e mais aptos seremos”, destaca a especialista em ginástica para o cérebro do Método Supera Olinda, Gizella dos Anjos.
Quando exercitamos o cérebro – seja com neuróbicas, jogos, exercícios cognitivos ou o ábaco, principal ferramenta do Método Supera – aumentamos a reserva cognitiva, porque estimulamos a construção de sinapses e a qualidade das conexões. Assim, potencializamos habilidades como memória, raciocínio e criatividade. “Podemos estimular o nosso cérebro em casa de várias formas, como ao ler um livro, jogar jogos de tabuleiro, fazer algum trabalho manual e praticar atividades físicas. Outro modo é introduzir uma neuróbica na sua rotina. Fazer algo de um jeito diferente do qual você está habituado fortalece as conexões neurais”, explica a educadora da unidade Olinda do Método Supera.
Para ter êxito durante o home office, além de um cérebro treinado, é necessário estar atento a algumas dicas essenciais da neurociência para não deixá-lo cair na procrastinação. Confira:
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Treine sua atenção!
A atenção é a principal porta de entrada para assimilarmos conhecimento e para termos domínio das inúmeras tarefas que temos ao longo do dia. Durante o home office, treinar a atenção é desafiador – uma vez que estamos diante de tantas distrações (eletrônicos, pessoas na casa e etc). Segundo Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método Supera, “a capacidade específica de manter nossa atenção onde queremos, resistir às distrações e definir e manter o foco nas metas é chamada controle cognitivo ou controle inibitório”. Com algumas mudanças de hábito, a atenção e a concentração podem ser desenvolvidas: quebre a rotina com música, faça ginástica para o cérebro, organize seu ambiente de trabalho, forneça energia para o corpo e cérebro com exercícios e dieta equilibrada e saiba a hora de dar uma pausa. -
Administre sua energia!
Sabemos que o cérebro gasta cerca de 20% a 25% da energia do nosso corpo. Por isso, é bom saber administrar o seu gasto energético e fazer pausas saudáveis durante o expediente. “Para a neurociência, o cérebro consegue se manter concentrado em uma determinada tarefa no período máximo de 50 a 60 minutos. A dica é trabalhar durante esse tempo e depois fazer uma pequena pausa de 10 minutos. Dessa forma, as áreas que estão em atividade ‘descansam’ para a próxima jornada”, explica a especialista Solange Jacob. Por isso, invista em um home office com qualidade e não quantidade.
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Cuida da sua saúde mental!
Ansiedade, medo e problemas emocionais podem ser grandes obstáculos para a produtividade. “Quando somos dominados por fortes emoções, maior a atenção que damos a essa situação, porque o cérebro considera impossível ignorar expressões emocionais, situações de alta carga emocional ou ameaçadoras”, diz Solange. Dessa maneira, relaxe, cuide da sua saúde mental e não se deixe sufocar pelo trabalho – tenha atividades de lazer, como leituras, atividades físicas, meditação e não deixe de procurar uma ajuda profissional.
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Controle o uso de eletrônicos!
Smartphones, redes sociais, televisão… O acúmulo de informações vindas desses aparelhos pode ser um grande desafio na hora de lutar contra a procrastinação no home office. “Nossa concentração média é de 3 a 5 minutos antes que acabemos nos distraindo em qualquer ambiente. A maioria dessas distrações são tecnológicas – alertas de mensagem, e-mails etc. Viver imerso em distrações digitais pode sobrecarregar as funções cognitivas. Essa sobrecarga impacta o autocontrole e os circuitos sociais e emocionais do cérebro”, fala Solange Jacob. O ideal é manter uma rotina com pausas conscientes para o uso de aparelhos eletrônicos e deixá-los desligados durante a execução de tarefas importantes.
*Via Assessoria