Pimenta Jiquitaia Baniwa é cultivada exclusivamente por mulheres indígenas do Amazonas e já está disponível em sete lojas da rede em São Paulo. Produto será o tema de campanha da marca para a celebração de 8 de março deste ano
“Mais forte que a pimenta Jiquitaia, só as mulheres Baniwa”. Com esse mote, o Pão de Açúcar apresenta sua campanha de celebração para o Dia Internacional da Mulher com base em uma história de protagonismo e empreendedorismo de mulheres que vivem no noroeste do Amazonas, na Terra Indígena Alto Rio Negro (bacia do Rio Içana). Nessa região, a pimenta Jiquitaia Baniwa é cultivada exclusivamente por mulheres do povo indígena Baniwa e se transforma em um produto que é resultado de um processo de plantio sustentável, contribuindo para a geração de renda e o desenvolvimento de toda a região. O fruto dessa produção já está à venda em sete lojas do Pão de Açúcar, na cidade de São Paulo, com a previsão de expansão para outras unidades em breve, e está inserida dentro do programa Caras do Brasil da rede de supermercados, que valoriza a riqueza de sabores e os alimentos e produtos sustentáveis feitos por pequenos produtores nacionais.
Essa força das mulheres Baniwa foi a história escolhida pelo Pão de Açúcar para a homenagem do 8 de março deste ano porque exemplifica como as mulheres estão protagonizando práticas de produção sustentável ao mesmo tempo em que transformam as suas comunidades por meio dessas iniciativas. A renda obtida com a venda da Pimenta Jiquitaia é repassada para cerca de 80 produtoras e gerentes das Casas da Pimenta, que formam uma rede de unidades de beneficiamento e envase em comunidades da bacia do Rio Içana.
“A história das mulheres indígenas Baniwa é uma fonte de inspiração para todas nós. Essas mulheres lideraram o processo de produção das pimentas jiquitaias, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de toda a comunidade Baniwa”, relata Camila Assis, Gerente de Marketing do Pão de Açúcar. O produto está à venda em sete lojas da rede na cidade de São Paulo (Jardim Paulista, Real Parque, Clodomiro Amazonas, Ricardo Jafet, Sócrates, Shopping Iguatemi e Praça Panamericana) a R$ 29,90 o pote de 15g.
A campanha da marca para o 8 de março deste ano, produzida em parceria com a agência BETC/Havas, aproveita a chegada da pimenta Jiquitaia Baniwa às gôndolas da rede para contar essa história em detalhes com um filme, que conta com versões de 30” e de 60’’, e que irá ao ar no intervalo da novela ‘Amor de Mãe’, da TV Globo, na noite do sábado dia 7/3. Na peça, as mulheres indígenas Baniwa têm o seu trabalho valorizado, com o retrato do dia a dia do cultivo da pimenta, o seu processo produtivo e o caminho percorrido para que os produtos cheguem até as gôndolas das lojas em São Paulo. O roteiro da peça é todo construído a partir de palavras femininas, potencializando a mensagem de valorização das mulheres. Além do filme para a televisão, a campanha, que conta com imagens cedidas pelo ISA – Instituto Socioambiental, terá um desdobramento para o universo digital com uma série de peças para redes sociais.
“As mulheres têm exercido um papel fundamental de liderança na transformação de seu dia a dia a partir de práticas sustentáveis, e com a força das indígenas Baniwa conseguimos apresentar um exemplo prático dessa realidade. Ao comercializar a pimenta Jiquitaia Baniwa em nossas lojas, o Pão de Açúcar reafirma o seu compromisso na valorização dos sabores brasileiros e dos pequenos produtores nacionais, reforçando um sortimento exclusivo para os seus consumidores, que podem, dessa maneira, apoiar causas como a do protagonismo feminino a partir de produtos que valorizam o meio-ambiente”, ressalta Assis.
“Queremos mostrar que não vivemos o Dia da Mulher ou o mês da mulher. Esse é um Tempo de Mulheres. Por isso, apresentamos uma história real, de mulheres que estão liderando sua comunidade e disseminando a cultura indígena, todos os dias. E o Pão de Açúcar, que há anos promove essa parceria, tem legitimidade para falar do tema”, completa Mônica Moraes, diretora executiva de Marcas & Negócios, da BETC/Havas.
Jiquitaia é uma mistura de pimentas desidratadas e piladas com sal com sabor levemente defumado e alta picância. São, ao todo, 78 variedades de pimenta registradas nas roças e quintais Baniwa, entre elas as pimentas bico de mutum, bunda de saúva, jaburu, roxa, malagueta, bode, braço de camarão, dente de onça, bico de peixe lápis, branca, fruta de abiu e a jolokia baniwa. Na culinária do Rio Negro, a jiquitaia é usada para realçar o sabor de pratos como a quinhapira (caldeirada de peixe) ou na carne de caça.
A Pimenta Baniwa faz parte da rede Origens Brasil®, que surgiu para dar mais transparência às cadeias de produtos da floresta e ajudar os consumidores a identificar empresas e produtos que valorizam e respeitam os territórios de diversidade socioambiental. Funciona como uma rede que conecta produtores com compradores e consumidores finais e está presente em quatro territórios: Xingu, Calha Norte, Rio Negro e Solimões, com foco em produtos como óleos vegetais, resinas, sementes, frutos, farinha, pimenta, amendoim, mel, peças de vestuário e bijuterias. O modo de extração ou de produção contribuem positivamente para manter o patrimônio socioambiental das populações envolvidas.
Esse produto compõe o portfólio do Programa Caras do Brasil, do Pão de Açúcar, que há 18 anos viabiliza o acesso desses(as) fornecedores(as) ao grande varejo, disponibilizando nas lojas itens típicos das cinco regiões brasileiras e, promovendo assim, o reconhecimento e a valorização dos produtos e dos(as) produtores(as) com o fortalecimento da regionalização e a cultura nacional a partir dos alimentos.
Os Baniwa são um povo indígena de língua Aruaque, com uma população estimada de 15 a 18 mil pessoas. Vivem em cerca de 200 comunidades e sítios, como parte do complexo cultural do noroeste amazônico, nas cabeceiras da bacia do Rio Negro, entre Brasil, Colômbia e Venezuela. No Brasil, os Baniwa são os ocupantes milenares da bacia do Rio Içana, onde estão localizadas 95 comunidades e sítios que abrigam entre 7 a 8 mil pessoas. Saiba mais sobre os Baniwa no site Povos Indígenas do Brasil.
Acesse: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Baniwa
*Via Assessoria