Infantil, tolo e desnecessário
Quando o trailer de Caçador e a Rainha de Gelo começa, nossos brios se alteram e ficamos na expectativa de um verdadeiro filmaço, que daria continuação a Branca de Neve, com lutas fantásticas e sequências de tirar o fôlego.
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Enfim, tinha de tudo no trailer e… ficou apenas ali.
Caçador tenta muita coisa e acaba não sendo nada. A ansiedade pela obra cai por terra logo nos primeiros minutos de exibição.
Não existem cenas clichês e sim o filme é completamente composto dessa artimanha infeliz do cinema para retardados. Até as falas podem ser previstas e surpresa alguma aparece nas telas.
Dizer que o filme não tem qualidades é o mínimo que se pode fazer para advertir quem quiser ir aos cinemas contemplar tamanho gasto em alguma obra cinematográfica.
O potencial da obra seria extremamente bem utilizado se passasse além do que fora mostrado em teasers. A lógica para esse filme é quase ridícula, mas poderia ter sido bem articulada. A decepção não para por aí. Além de desconstruir toda a concepção original de Branca de Neve (que sequer aparece na obra, a não ser suas costas), o longa é feito para agregar qualquer tipo de público, inclusive o infantil (e acredita-se que nem eles vão assistir). E com essa falta de direcionamento acaba frustrando todos, isso mesmo, TODOS que vão aos cinemas para assistir tal peripécia.
As lutas das irmãs deviam ser mais exploradas, os clichês deviam ter sido eliminados, o conceito “Let it go” também e o quesito sangue devia ter sido liberado.
Tem umas belas imagens? Tem. Atuações boas? Básicas.
Tem trilha sonora plausível? Prestem atenção em alguns momentos (ela chega a ser inexistente).
Tentem ganhar o ingresso em promoção, caso contrário espere sair no Netflix, pois o filme não cumpre nada do que promete. Uma linda embalagem, mas com conteúdo pobre. Será esmagado em breve. Palpite para a duração nos cinemas: duas semanas no máximo.
Nota 2
Por Dieguito C. Melo
Revisado por Thalles Amaro