Preso num estábulo, em posição fetal, sendo lavado com água fria e completamente nu. É assim que o músico Otto aparece no videoclipe da música “O que Dirá o Mundo”, do seu novo disco, “The Moon 1111”.
Em entrevista exclusiva ao Purepeople nesta quinta-feira (22), Otto falou sobre o novo trabalho, o nu na arte e a participação da namorada, a atriz Amanda Lira. Juntos há cerca de sete meses – ele não soube precisar o tempo de relacionamento -, essa foi a primeira vez que o casal trabalhou junto. “Pensei na Amanda porque não vi ninguém que poderia ser melhor do que ela, que está sempre comigo, é bonita e é atriz. Trabalhar com pessoas que estão do nosso lado é sempre melhor”, diz o ex-marido de Alessandra Negrini.
Protagonizando cenas fortes, que foram feitas sem roupa, ele conta que não tem pudor com a nudez na arte, mas surpreende ao revelar que na verdade é um homem tímido. “Só no meu trabalho que não tenho esse pudor. Eu sou muito tímido. O palco é minha casa e nele eu faço tudo. Pra mim o nu é algo lindo, com arte então é sempre bacana. Há uma linha tênue entre o bonito e bizarro. Nesse caso, era fundamental e eu não abria mão”, declara Otto, que se derrete ao falar sobre a participação da namorada, que também aparece sem roupa. “Para ela foi muito mais fácil tirar a roupa, ela é atriz e com isso é naturalmente mais solta. Dou nota dez para ela, que está linda e forte”, acrescenta.
Apesar de o dia parecer frio nas cenas do clipe, o artista afirma que as gravações sem roupa e com muita água não foram sofridas. “A ideia que tinha quer passar era de a água ser fria, mas foi muito tranquilo. O dia estava ensolarado e a água era morninha, foi um truque”, entrega Otto, com humor.
Fã de contos e de literatura, Otto se inspirou na obra de Leon Tolstói, Kholstomér para produzir o videoclipe que foi gravado em uma fazenda em Cataguases, em Minas Gerais. “Tudo que faço é baseado em leituras que gosto. Meu objetivo não é trazer polêmica, mas sim levar arte. Nas cenas em que aparecemos nus é o momento em que trocamos de papel com o cavalo e nos despimos de tudo, como o próprio animal”.
(Por Luana Rossi)