Lixo, calçadas emburacadas e poluição visual suja a imagem da Veneza Brasileira
Recife é uma cidade histórica, com um patrimônio arquitetônico riquíssimo, que mescla Holanda, Portugal, França, Inglaterra, temos traços que se assemelham a todas estas referências de arquitetura. O bairro de Santo Antonio abriga preciosidades como o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, no local onde foi o Palácio de Friburgo, sede do governo holandês no Brasil, regido pelo Conde Maurício de Nassau, que trouxe para o Recife, o desenvolvimento, lá pelos 1630. O Teatro de Santa Isabel e o Palácio da Justiça completam a harmonia arquitetônica desta Praça da República. O bairro de São José dispõe de uma coleção de belas igrejas, começando pela Igreja do Carmo, onde foi o Palácio de Verão do Conde Maurício de Nassau, na época chamado de Palácio da Boa Vista. O pátio de São Pedro, com a majestosa igreja deste santo, a Igreja do Terço, a Basílica da Penha, onde está sepultado Dom Vital, Bispo de Olinda em 1872. Temos o Mercado de São José, que é o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro do Brasil, exportado da Europa para o Recife no final do século XIX. O bairro do Recife, mais conhecido como Recife Antigo, é o marco da cidade, onde o Recife nasceu. Onde existe a primeira sinagoga das Américas, situada na bucólica Rua do Bom Jesus.
O centro do Recife é vida, é história, é natureza, e é abandono. As calçadas são crateras imensas, que não se cogita a passagem de uma pessoa com necessidades especiais. O lixo toma conta de todos os cantos, jogados na sua maioria pelos comerciantes dos prédios, e pelos ambulantes. Não há uma regra que multe estes cidadãos que emporcalham as ruas. E vendo isto, a população segue o exemplo e ajuda a aumentar esta porcaria generalizada.
A prefeitura da cidade não dá a atenção merecida a este reduto de história, onde nasceu o mais genuíno carnaval pernambucano. Onde o Recife se revisita para buscar suas origens. Por que tem que ser assim ?