“A Serpente” cumpre a atual função de Nelson Rodrigues no teatro brasileiro

 

 

Ser ou não ser Nelson Rodrigues? Eis a questão. A resposta é simples de se responder porque ele é um dos grandes autores da literatura brasileira e porque não afirmar da literatura mundial. Seus textos se justificam pela releitura que cada geração tem dado ao ao textos do jornalista. Nenhum escritor consegue escrever, isto é, relatar o cotidiano e conflitos dos relacionamentos com a classe e teor do escritor pernambucano.

 

 

Ser ou não ser Nelson Rodrigues? Eis a questão. A resposta é simples de se responder porque ele é um dos grandes autores da literatura brasileira e porque não afirmar da literatura mundial. Seus textos se justificam pela releitura que cada geração tem dado ao ao textos do jornalista. Nenhum escritor consegue escrever, isto é, relatar o cotidiano e conflitos dos relacionamentos com a classe e teor do escritor pernambucano.

 

Em ” A Serpente” sua única peça com apenas um ato, o autor usa elementos como amor, sexo e morte com maestria e arrojo . E através deles esta “Serpente” apresentada na última quinta – feira (02) por Yara Noves, apoiada em um cenário instigante de André Cortez, que descoca as referências do real como um quadro de Magritte, e na trila de Morris Piccioto que transforma diálogos em paisagem sonora, o incômodo desejo cotidiano da trama contorce os atores em coreografias vigorosas.

No palco a atroz Débora Falabella está correta, dosando com segurança realismo e expressionismo. E com duração de mais ou menos uma hora, o ato solitário de A Serpente pode ser equiparado a um terceiro ato, capaz de se sustentar sozinho, dispensando os anteriores. O último trabalho do autor para o teatro apresenta grande concentração emocional e imenso poder de síntese.

O texto é marcante, evitando o mau gosto e reatulizando a crônica carioca dos maus costumes, a montagem sacrifica a profundidade psicológica em nome da dinâmica do teatro-dança. Cumpre o atual função de Nelson Rodrigues no teatro brasileiro: é a prova de fogo vencida pela diretora Yara de Novaes.

 

 

 

 

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