A Nação Xambá completa hoje (07), 80 anos de sua instalação em Pernambuco, pelas mãos da yalorixá Maria Oyá e sua sucessora Severina Paraíso da Siva, a Mãe Biu. E para celebrar essa data tão especial, os filhos do terreiro Santa Bárbara (Ilê Axé Oyá Meguê) fazem o toque para o orixá Xangô no dia 20 de junho. No dia 29, ocorre o tradicional Coco da Xambá, uma festança popular que reúne a comunidade e coquistas de todo o estado.
O terreiro Santa Bábara que está localizado na comunidade de Portão do Gelo, no bairro de São Benedito, em Olinda, desde 1951, é o único Xambá do Brasil. Segundo alguns historiadoes, a Nação Xambá, foi constuída e disseminada no país pelo babalorixá alagoano Arthur Rosendo, é considerada uma nação extinta ou em processo de extinção. Contudo, essa informação não condiz com a realidade do terreiro olindense, onde Mãe Biu, sucessora de Maria de Oya, reafirma sua devoção pelos laços de sangue e religiosidade. Nos dias de Hoje, o terreiro continua a cargo das mulheres e é liderado por Mãe Lurdes e também pelo filho carnal de Mãe Biu, Pai Ivo.
A Nação Xambá é uma tradição religiosa de origem africana, dentre as inúmeras que existem no Brasil, tais como Jêje, Ketu, Nagô, Angola, Mina. A localidade é reconhecida pela Fundação Palmares o primeiro quilombo urbano de Pernambuco. No interior da Casa Xambá hpá ainda o Memorial Severina Paraíso da Silva, aberto à visitação do público.
Em 2001, jovens da Nação Xambá formaram o grupo de música Bongar. O projeto é um dos pilates de conservação e divulgação da Nação Xambá no Brasil e no mundo. Este ano, o Bongar lançou o segundo disco, Chão batido, coco pisado. No dia 10 de junho o grupo parte para Europa, para fazer shows e aplicar oficinas.
Fotos: www.xamba.com.br