Conhecido pelo belo trabalho na Rede Globo, José Luiz Villamarim, que tem no currículo series de grande sucesso, inova, talvez sem muito êxito, com seu primeiro filme “Redemoinho”.
Um filme de muitas expectativas, com um elenco de grandes nomes da TV, como Irandhir Santos, considerado o ator mais completo atualmente, Júlio Andrade, Dira Paes, Cassia Kis, Démick Lopes, Inês Peixoto, Camilla Amado e Cyria Coentro, que contam a história dos amigos, Luzimar e Gildo, esses que passaram a infância em Cataguases, interior de Minas Gerais, mas que se reencontram depois de muitos anos afastados. Gildo que se mudou para São Paulo, onde acredita ser um homem bem sucedido e Luzimar que continuou sua vida naquela pequena cidade de Minas Gerais.
{youtube}34tRec6MnPU{/youtube}
O longa prede a atenção desde o primeiro minuto e tampouco entrega os fatos de inicio, porém, deixa um vestígio de que algo pode acontecer de forma inusitada. E é justamente neste momento que o espectador cria uma expectativa desnecessária.
A fotografia é incrível, deixa aquela imagem da pequena cidade mineira, além das belas imagens do momento de infância, em nossas mentes. Um momento dividido entre o passado, presente e futuro de cada um. Com certeza, faz crescer a ansiedade pelo desfecho das cenas.
Em momento, percebe-se uma narrativa carregada e sofisticada, coberta de uma conjuntura que envolve silencio, espera e olhares. Quase não há diálogo, e quando há, é extremamente completa. Porém, talvez o pecado do filme esteja nessa conjuntura, que, na maioria das vezes, limitam-se as falas aos homens do filme – deixando assim as mulheres sem voz, mesmo diante de uma cena de estupro.
Sendo assim, o primeiro filme de um diretor experiente, com uma boa equipe técnica e artística, “Redemoinho” representa o cinema brasileiro de forma comum com se ver nas boas minisséries apresentadas pelo diretor.
Por Gleyton Araújo