Além da próstata, a doença pode afetar outras partes do sistema como rim e bexiga
Quando se pensa em câncer nos órgãos urológicos, muitas pessoas logo associam a doença ao câncer de próstata. Por ser o tipo que mais atinge os homens e ser amplamente combatida em campanhas educativas, a enfermidade é comumente a mais lembrada. Entretanto, os tumores malignos também podem aparecer em outras partes do sistema urinário feminino e masculino, e genital masculino, como rim, bexiga,adrenal, pênis, testículo e ureter. Por falta de conhecimento, alguns pacientes não sabem como identificar os sintomas, os riscos e, consequentemente, as formas de tratamento e o que pode ser feito para evitar o desenvolvimento dessas doenças.
Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, o tumor de bexiga é o segundo tipo de câncer mais comum no sistema urinário. Geralmente afeta homens e mulheres acima dos 60 anos. “Os primeiros sinais da doença são sangue na urina, incontinência urinária, ardência e dor para urinar, porém muitas vezes ela é identificada ao acaso em uma ultrassonografia de rotina por outro motivo”, explica o médico.
Outra variação que pode acometer homens e mulheres é o câncer de rim. Ele não apresenta sintomas fáceis de diagnosticar na fase inicial, mas pode causar dores nas costas, urina no sangue, aumento do abdômen e perda de peso. Entre os cânceres no sistema urológico, o mais raro é o que atinge a pelve renal e ureter. Englobados entre os tumores do trato urinário superior, ele normalmente atinge homens acima dos 65 anos. Os sinais mais comuns são sangue na urina e dores lombares.
Nos órgãos genitais masculinos, a neoplasia pode afetar o pênis e os testículos. “O tumor de pênis é raro, acontece em pacientes que têm pouco cuidado com a higiene da região ou que apresentam alguma doença sexualmente transmissível não tratada”, explica Dr. Guilherme. “Ele se manifesta através de manchas brancas, feridas avermelhadas ou um pequeno nódulo na glande”, revela. Já nos testículos, os sintomas são a presença de massa escrotal ou de um nódulo endurecido e indolor em homens na faixa dos 20 aos 40 anos.
Quanto ao tratamento, cada uma das variações do câncer requer métodos diferentes de acordo com o tipo e nível da doença. Pode ser feito através de cirurgias de ressecção, quimioterapia, radioterapia, e, nos casos mais graves, com a remoção parcial ou total do órgão.
Para prevenir, o ideal é apostar em uma alimentação balanceada durante toda a vida com o consumo de alimentos naturais e ricos em nutrientes antioxidantes, além de beber muita água e exercício físico regular. É necessário evitar o tabagismo, porque ele é o grande vilão de todos os cânceres, sobretudo de bexiga e pelve renal. “É importante também ficar atento às pequenas mudanças no corpo e sempre passar por um acompanhamento clínico para saber se está tudo bem. Algumas dessas doenças, assim como o câncer de próstata, não apresentam sintomas evidentes e, por isso, quando o paciente as descobre já estão em estado avançado”, ressalta Maia.
*via assessoria