Pernambuco sofre com a falta de infra-estrutura nas escola

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a prática esportiva é um direito fundamental que todas as pessoas possuem. Pois, além de ser um modo de inclusão social ela desenvolve o caráter e o respeito pelas diferenças. No entanto, o desporto é somente o princípio e não o fim para a inserção na sociedade. A educação e as atividades escolares tornam-se um importante meio para jovens e crianças terem o primeiro contato com o esporte em si. Mas como é possível surgir um atleta de alto rendimento num Estado, como Pernambuco, em que falta infra-estrutura nas escolas?

 

Segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), existem 1.101 instituições de ensino públicas estaduais, sendo que somente 507 têm quadras para o exercício físico. A grande maioria também não tem as mínimas condições de uso. “Nossa quadra é pequena. Não é coberta e não tem a proteção de uma tela que evitaria que a bola caísse na rua. Não temos como dar uma aula satisfatória. Infelizmente, os mais prejudicados são os estudantes”, comenta Simone Carvalho, diretora e professora de educação física da Escola Estadual Professor Olívio Montenegro, localizada no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a prática esportiva é um direito fundamental que todas as pessoas possuem. Pois, além de ser um modo de inclusão social ela desenvolve o caráter e o respeito pelas diferenças. No entanto, o desporto é somente o princípio e não o fim para a inserção na sociedade. A educação e as atividades escolares tornam-se um importante meio para jovens e crianças terem o primeiro contato com o esporte em si. Mas como é possível surgir um atleta de alto rendimento num Estado, como Pernambuco, em que falta infra-estrutura nas escolas?

 

Segundo a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), existem 1.101 instituições de ensino públicas estaduais, sendo que somente 507 têm quadras para o exercício físico. A grande maioria também não tem as mínimas condições de uso. “Nossa quadra é pequena. Não é coberta e não tem a proteção de uma tela que evitaria que a bola caísse na rua. Não temos como dar uma aula satisfatória. Infelizmente, os mais prejudicados são os estudantes”, comenta Simone Carvalho, diretora e professora de educação física da Escola Estadual Professor Olívio Montenegro, localizada no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.

 

 

 

Como em algumas escolas, ela também se queixa da falta de equipamentos básicos para as aulas. “O colégio compra os próprios materiais com um incentivo financeiro do governo, que é distribuído de acordo com a necessidade de cada setor. Mas ele é tão pouco que não sobra para comprar redes e bolas”, reclama. Segundo a assessoria de imprensa da Seduc, não existe um profissional responsável pela construção de quadras nos locais já existentes. Entretanto, afirmam que o Estado tem um projeto para erguer novos estabelecimentos de ensino e nele já estão inclusas novas quadras.

“As vezes não adianta ter material e infra-estrutura se não tem um bom planejamento e um estudo necessário para se colocar uma quadra”, reclama o treinador de atletismo professor de educação física da escola Estadual Professora Isaura de França, em Caetés I, Abreu e Lima, Roberto Andrade. O técnico, que usa o terreno batido como pista de atletismo para os mais de 120 jovens através do Projeto Atletas com Futuro, diz que há dois anos é prejudicado com construção errada de uma quadra. “Fizeram em cima da nossa pista de corrida que tinha 100 metros.Agora só tem 60 metros, o que não é suficiente para a realização dos treinamentos”, reclamou.

MUNICIPAL – No âmbito municipal a situação encontra-se ainda pior. Dados do Censo Escolar de 2008, realizado pela Seduc, apontam que apenas 388 escolas das 7.394, possuem quadras e equipamentos. Mesmo assim poucos são aproveitados. “Esse é o nosso grande problema. A maior parte dos terrenos dos colégios municipais não pertencem a Prefeitura. Com isso não temos espaço para a construção de novos centros esportivos”, explica a assessora da Secretaria de Educação do Recife, Rossimeri Benha.

Um exemplo é a Escola Municipal Dom Helder Câmara. Embora tenha espaço disponível e liberação da Prefeitura para construir uma quadra, ela enfrenta obstáculos impostos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que impedem a construção por causa de árvores no local. “Dissemos até que faríamos o replantio das árvores, mas eles (Ibama) não deram a permissão”, reclama a diretora do colégio Lucila Araújo, que completa “Deixamos de contribuir na educação dos jovens, para a preservação de três árvores”.

 

Segundo Lucila, o ginásio é uma exigência dos próprios alunos. “O esporte para eles é sagrado. No intervalo, se não estiver chovendo, improvisam e jogam futebol na areia. Se não houver o jogo é provável acontecer alguma briga”, comenta a diretora. A escola não tem professor de Educação Física.

Sem as qualidades necessárias para se formar novos talentos; torna-se complicado ir em frente. “Aqui no Estado se um atleta com grande potencial surge foi por causa do seu talento e pelo trabalho de um professor, que conseguiu o que deveria ser impossível com a infra-estrutura que temos em Pernambuco”, comentou o professor Nuno Trigueiro, coordenador das atividades aquáticas da Academia R2, do Recife, uma das mais aparelhadas do Estado.

Com o sucateamento dos equipamentos esportivos dos colégios pernambucanos, muitos buscam alternativas para a formação da cidadania desses jovens. Levar a educação através do esporte para as comunidades onde o ensino é falho. É com esse pensamento que projetos e ações sociais realizados por Organizações Não-governamentais (ONG’s), são exemplos de que a pratica desportiva é importante para a educação e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Um dos modelos de ONG é o Instituto Turbo Fight, localizado no bairro do Ibura, zona sul e um dos bairros mais violentos do Grande Recife, que visa valorizar a vida através do muay-thai (uma espécie de arte marcial tailandesa). De acordo com o seu idealizador, o treinador Carlos Alberto de Lima, o principal objetivo do projeto não é formar lutadores “é tirar jovens do vício das drogas e do mundo do crime”, afirma.

 

Click e Siga a Revista Click Rec no Twitter:

tweet