Doenças bucais podem causar cânceres: especialista alerta para riscos à saúde

Com o período de férias escolares chegando, o professor de odontologia da Estácio, Rômulo Chaves, faz um alerta sobre a saúde bucal de toda a família. Conforme o especialista é necessário estar atento a qualquer alteração com relação a boca, gengivas e dentes. Ele explica que a cavidade oral abriga uma comunidade microbiana complexa, incluindo mais de 700 espécies de bactérias, além de fungos, vírus, protozoários e arqueias e que algumas delas causam desequilíbrio e até patologias graves.

Para ele, feridas, odor e sangramentos podem ser um sinal de alerta, para que um especialista seja procurado. O especialista argumenta que a avaliação deve ser feita de forma integral entendendo a rotina do paciente. “Muitos desses microrganismos coexistem em harmonia (eubiose). No entanto, certas espécies se proliferam em desequilíbrio, causando patologias. Por exemplo, a Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis) é o Principal patógeno periodontal. Está fortemente associada à periodontite, aterosclerose e doenças cardiovasculares, câncer oral e colorretal, artrite reumatoide e complicações gestacionais”, alerta o especialista.

Além disso, ele argumenta que os tipos cânceres de cabeça e pescoço/carcinoma oral de células escamosas (OSCC) está fortemente ligado à má higiene bucal e à presença de bactérias como P. gingivalis e F. nucleatum. “Para câncer colorretal: A bactéria F. nucleatum e suas subespécies (como a FnaC2) têm ligações cada vez mais sólidas com o desenvolvimento desse câncer e câncer de pâncreas: considerado um dos mais graves devido ao diagnóstico tardio e alta taxa de mortalidade. Micróbios orais, incluindo 23 bactérias e 4 fungos (como P. gingivalis, E. nodatum, P. micra, e Candida sp.), foram associados a um risco até 3,4 vezes maior dessa doença”, acrescenta o especialista.

O professor da Estácio explica que uma boca sem feridas, sem mal odor, sem sangramentos e sem dor, denota basicamente um estado de saúde bucal. “Mas o fato de termos estes sinais são bem comuns, que haja equilíbrio com as bactérias que vivem em nossa boca”, acrescenta. Para ele, feridas, odor e sangramentos podem ser um sinal de alerta, para que um especialista seja procurado. O especialista argumenta que a avaliação deve ser feita de forma integral entendendo a rotina do paciente.

*Via Assessoria