Maioria dos pernambucanos pretende comemorar o Dia das Mães em 2021

Apesar da intenção positiva, a pretensão é baixa em comparação aos outros anos 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), através Instituto Fecomércio-PE e em parceria com o SEBRAE-PE, divulgou a pesquisa sobre o Dia das Mães de 2021. Segundo o levantamento, a maioria dos pernambucanos pretende comemorar a festividade do Dia das Mães em 2021, porém a adesão ainda é baixa comparada aos anos anteriores. Para o estudo foram entrevistados mais de 1.400 consumidores, através de questionários enviados por canais digitais.

“A pesquisa apresenta a intenção de comemoração da data e também inclui informações estratégicas à classe empresarial, auxiliando na tomada de decisão quanto às ações que permitem aos empresários alavancar vendas neste momento crítico”, explica o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos. O comércio pernambucano tem elevada importância para o desenvolvimento econômico. O setor injeta mais de R$ 6 bilhões no Estado e, segundo o Novo Caged, emprega de maneira formal mais de 296 mil pessoas, aproximadamente 24% de todo o estoque de empregos formais de Pernambuco até fevereiro de 2021.

COMEMORAÇÃO E TRADIÇÃO – A pesquisa aponta que 66,4% dos pernambucanos pretendem comemorar a festividade do Dia das Mães em 2021. Para o economista da Fecomércio-PE, o percentual é reflexo do cenário atual. “Após baixa adesão em duas datas anteriores importantes para o setor, o Carnaval e Páscoa, devido às restrições das realizações dos eventos sociais e elevação de câmbio, o cenário para a comemoração do Dia das Mães é impactado negativamente por uma demanda desaquecida das festas e já era esperado”, reflete.

O percentual é inferior à intenção verificada na mesma data de 2019 e 2018, quando atingiu 80,8% e 75,7%, respectivamente. Em 2020, a pesquisa não foi realizada devido a pandemia da Covid-19. “Contudo, apesar da queda no comparativo com anos anteriores, o percentual pode ser considerado positivo”, comenta Rafael Ramos. Os principais motivos para a não comemoração da festividade foram:  falta de dinheiro ou pouco recursos para o consumo e isolamento social.

Com a cautela das famílias e o orçamento cada vez mais limitado, a comemoração escolhida pela maioria dos pernambucanos, 59%,  foi a comemoração em casa. A compra de presente ficou em segundo lugar, alcançando 29% da preferência de quem pretende comemorar a data. As demais, como ida a restaurante, bares e as viagens tiveram baixa adesão, impactado pelo cenário de pandemia da covid-19.

AQUECENDO O COMÉRCIO – Para o pernambucano que pretende presentear a mãe, as roupas ou acessórios de vestuários,  perfumaria, cosméticos, calçados e acessórios são as principais escolhas. A maioria deseja gastar entre R$ 50,00 e R$ 100,00. O local para compra desses presentes será o comércio tradicional e a forma de pagamento mais utilizada será o pagamento à vista.

ENTRE OS MAIS JOVENS – A  faixa de idade com a maior intenção de comemoração é de pessoas entre 18-29 anos, seguida pela faixa que compreende as idades entre 30-49 anos, com percentuais de 69,3% e 66,5%, respectivamente. “Essa configuração pode estar sendo influenciada ainda pelo processo de pandemia da covid-19, visto que os mais jovens abriram mão em muitas datas comemorativas no ano de 2020, de estar próximo a familiares por trazer um risco para os mais velhos. Já em 2021 esse risco foi sendo reduzido devido ao avanço do plano de vacinação, possibilitando que as pessoas reduzam o comportamento conservador em relação à proximidade de parentes mais velhos”, observa Ramos.

RECORTE DE CLASSE – Apesar de todas as classes de rendimento apresentarem percentuais superior a 50%, a atual conjuntura econômica também criou diferenças na intenção de comemoração no recorte de renda. Entre as famílias com renda entre 1 e 2 salários mínimos, 65% pretendem comemorar a festividade, enquanto as famílias com rendimento superior a 10 salários mínimos, aproximadamente, 85% informaram que vão comemorar a data. Segundo o estudo, a disparidade reflete uma economia ainda sem apresentar um movimento de recuperação acentuado.

*Via Assessoria