Colégios começam a usar aparelho como ferramenta de aprendizagem em diferentes disciplinas.
Ele já foi um dos grandes vilões da sala de aula. Proibido na maioria das escolas, o celular era apontado pelos professores como um dos principais motivos de desatenção dos alunos. Mas essa realidade vem mudando, alguns colégios particulares, no entanto, defendem que ele pode ser um aliado no aprendizado.
Como as crianças ganham o primeiro celular cada vez mais cedo, há escolas que já usam o aparelho a partir do 6º ano do ensino fundamental. Os colégios recomendam, porém, que haja um acordo com os alunos para que o item seja utilizado somente quando os professores autorizarem.
No Colégio Motivo, por exemplo, os celulares são usados pelos alunos do ensino médio em algumas aulas para reforçar o aprendizado para os principais vestibulares do país e também para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Aplicativo Plurall possibilita que os alunos consigam ter acesso aos conteúdos inclusive fora da escola e também tirar dúvidas sobre questões com os professores de forma on-line. Tudo com o foco no ENEM e nos principais vestibulares do país.
Uma pesquisa recente da Unesco mostrou que 67% dos estudantes de países em desenvolvimento e emergentes que lêem pelo celular, consideram o aparelho conveniente para a leitura, porque o dispositivo está o tempo todo com o usuário. Uma realidade também do Brasil, onde a mobilidade e a disponibilidade do WiFi nas instituições de ensino permite o acesso a conteúdo de qualidade.
Enxergando a oportunidade de expansão do ensino, há professores que já fazem uso da tecnologia dos smartphones para complementar os assuntos da aula. É o caso do professor Márcio Alves, por exemplo, que dá aulas de matemática e produz questionários com QR Code, códigos de barra bidimensionais que podem ser escaneados através de celulares com câmeras.
Ele explica que estava no supermercado e chamou a atenção dele o código, que fornecia mais informações sobre o produto em questão. Pensando em um melhor aproveitamento dos alunos, ele viu a possibilidade de inserir os códigos nos exercícios aplicados em sala de aula e incluir dicas sobre as questões aplicadas para facilitar a resolução das atividades. Com isso, os exercícios ficaram mais dinâmicos e os alunos mais interessados nos estudos.
Mas é preciso atenção, os professores explicam que isso não substitui o estudo tradicional, com o livro e o caderno em mãos. O celular é apenas um complemento que pode tornar a rotina mais dinâmica e interessante. Como tudo na vida, é preciso moderação.
*Via assessoria