Vou logo dizendo que rasgarei o verbo aqui: simpática, inteligente, sensual, sexual, transcendental, universal, enfim, um espetáculo. Neste último domingo, 07 de fevereiro, no polo da Várzea, Luiza Possi entrou e saiu, comportando-se como uma pernambucana nata, cantando frevo e arriscando passos que não envergonham de jeito algum. Ela transpira erotismo, no melhor dos sentidos. É gostosa, sarada, tanto que a galera faz sexo telepático respondendo aos estímulos emanados naturalmente pela estrela pop. Quando ela fala com o povo, é como se falasse com o namorado, sensualidade em pessoa.
Os polos dos subúrbios são extremamente familiares, mamães, papais, vovós, crianças, cachorros, uma festa de vizinhos, uma confraternização comunitária. É excelente a ideia do carnaval descentralizado e multicultural, que proporciona ao povo, shows de altíssima qualidade, sem sair do seu bairro. Shows que normalmente não teriam acesso em teatros ou casas noturnas.
Luiza pode ser considerada uma pernambucana. Canta no Galo da Madrugada, no qual já é figura tarimbada, dá as canjinhas no Marco Zero, e em diversos polos pela cidade. Luiza já é nossa, foi infectada pelo vírus do frevo, e não tem mais o que se fazer. Todo ano ela vem e volta pra gente. Uma mulher poderosa, que arrasa, fecha o tempo e dá o recado em claríssimo tom. Ela é ultra, “fodástica”.
*Via assessoria