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Na conjuntura atual, a tecnologia manda nas nossas vidas. Isto se nós deixarmos. Uma maravilha, conversar com um amigo no celular e vê-lo on-line, com um “negoço” ai chamado facetime. Tempos atrás, eu diria que isto não é coisa de Deus, mas hoje, é normalíssimo. Daqui a pouco, conversaremos ao celular com o holograma da pessoa perante a gente. E não será coisa do vermelhinho.

Cena do filme HER

Porém, as pessoas estão deixando os equipamentos eletrônicos serem parte do corpo. Ou seja, o aparelho celular já é uma extensão das orelhas, ou dos olhos se tiver no viva voz e o “caba” estiver no facetime. E eu tenho pra mim que isso não é coisa de Deus, mas o aparelho auditivo e os óculos são, porque fazem parte de uma necessidade da vida. Assistir a um show massa, formidável, que bole com o coração, mas estar 100% filmando o dito cujo com o celular, acho que é “papel de jerico”, a pessoa está deixando de curtir, de se emocionar, de viver o show. Vejamos um possível argumento; você diria que está registrando para a eternidade, mas você tem certeza que estará vivo amanhã? Deixasse de viver o momento, e no tal livro da vida, estarás partindo amanhã. Olha ai que merda! E nem poderá levar o celular para onde for. Isto é vero!


Aproveitar a vida, é beijar na boca, fazer sexo com proteção, pegar na mão do outro, sorrir, mangar da pessoa, andar de bicicleta, caminhar ao ar livre, ir a praia porque é bom e de graça, ir para a Terça do Vinil no Lisbela porque também “é de grátis”, tropeçar na rua pois está andando, dar xau levantando o braço, curtir com os amigos, socializar com a família, fazer xixi quando a bexiga estiver apertada, fazer cocô, espirrar sem respingar nas pessoas porque é falta de educação, peidar as escondidas, agradecer ao ALTO e não só pedir, chorar emocionado, respeitar os direitos das pessoas, e vários etcs. O texto acaba aqui.

Por Rodrigo de Magalhães