Já passava da meia noite, quando a cantora Wanessa Camargo começou nossa entrevista na suíte 1510 do Hotel Dorisol, em Jaboatão dos Guararapes. Ela que está grávida de “cinco meses e meio” não hesitou ao falar sobre a representatividade de sua participação na parada do orgulho LGBT de Recife, o quão natural foi a explosão de seu novo single ‘Sticky Dough’ – e, em especial, de sua coreografia na internet – sobre seu próximo trabalho e mais.
Dona de uma carreira consolidada ao longo de 10 anos, a neta de Francisco não esconde sua barriguinha e promete trabalhar até o sétimo mês de gestação. Estrela da abertura da parada gay de Recife, ela abraça de coração a causa em prol dos direitos homossexuais, confira a nossa rápida e exclusiva entrevista:
Tarcísio Acioli: Wanessa, você vai abrir uma das maiores paradas gays do Brasil, como é para você esse momento, em especial agora que seu trabalho está voltado para este público?
Wanessa: Bem, eu já fiz diversas paradas gays pelo Brasil, esse ano acho que é a terceira ou quarta. Eu estaria na de São Paulo mas tudo miou (deu errado) por causa da prefeitura. Mas de qualquer maneira eu fico feliz por que não só como artista, por que é gratificante para todo artista cantar para um grande público, mas também por cantar para um público que eu tenho uma afinidade, um carinho, uma identidade com ele. Eu fico feliz também por ver o quanto o Brasil cresceu em questões sociais também com as paradas gays, pelo Brasil inteiro, então eu estou assistindo esse crescimento do movimento em prol dos direitos GLBT’s muito forte, e se eu puder estar com esse público fazendo um show cada vez melhor, minha intenção é que se ano que vem me chamarem de novo eu vou fazer uma coisa maior ainda, e eu fico feliz pra caramba.
T.A.: Sticky Doug, já é sucesso nas pistas e na internet já começa a se multiplicarem os vídeos com as pessoas copiando a coreografia, você esperava esse boom todo?
W: Na verdade, quando eu pedi a coreografia para as meninas, quem fez foi a Fernanda Fiuzu e a Amanda Angel, eu pedi para elas se juntarem por que gosto muito do estilo das duas dançando e falei “olha só, vamos fazer uma coreografia que a galera possa acompanhar alguns movimentos, algumas coisas?”, e elas vieram com esse movimentos que eu achei difícil, eu falei: “será que é tão fácil assim?”. E é legal por que você vê que a galera tá pegando com uma facilidade maior do que eu imaginava e isso é muito legal e no refrão principalmente, por que é muito gostoso de se fazer. E ela vai ficando mais fácil quando você começa a dançar ela, você vai se jogando cada vez mais ainda, e é pra isso, a música que eu faço tem várias missões e uma delas é fazer a galera se divertir, então vendo todo mundo cantando e tentando dançar junto a música é uma missão cumprida.
T.A.: Wanessa, o que a gente ainda pode esperar do seu disco? Qual será sua próxima música de trabalho?
W: Na noite será a faixa DNA, e eu não sei se a gente vai trabalhar ela na rádio mesmo, por que ela é uma música bem específica, ela é um house, coisa que Sticky Dough não, Sticky já abrange públicos geral e assim é mais pop, e para a rádio mesmo seria Blow Me Away, que é uma música que tá todo mundo pedindo, e é muito legal isso por que a primeira faixa do cd a gente escolhe meio as escuras, com audições feitas para poucas pessoas, que conhecem o cd, a segunda já é aquela discussão maior, já não é jogada pelas pessoas por que elas conhecem o cd e pedem o que querem, então Blow Me Away tá no páreo e começou a bater com DNA, as duas tem chances.
Agora nós que somos jovens e inteligentes não poderíamos deixar de perguntar para a Wanessa o que é ser jovem e inteligente para ela, assim como a Click Rec, não é verdade? Confiram no vídeo abaixo a resposta dela:
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