Da Assessoria de Imprensa
Dez lentes de fotógrafos distintos passeiam por Olinda registrando o cotidiano da cidade alta e além dela, obtendo como resultado a exposição fotográfica coletiva “Olinda, Patrimônio Cotidiano”, que será lançada no dia 16 de agosto, data que antecede o Dia do Patrimônio, numa realização do ICEI (Instituto Cooperação Econômica Internacional) e IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O projeto terá duração de dois meses, contando além da exposição, que ficará aberta ao público durante todo o período, com duas oficinas de fotografia artesanal oferecidas aos jovens das escolas públicas de Olinda sob o título de “Patrimônio Cultural, o que isso tem a ver comigo?”, ministradas pelo fotógrafo e professor universitário Mateus Sá. O objetivo é provocar nos adolescentes o sentimento de descoberta, reconhecimento e interpretação do tema através desta técnica que utiliza câmeras semidescartáveis.
O resultado das oficinas será exibido ao público no dia 9 de setembro, quando a Casa do Patrimônio será inaugurada, culminando num encontro de gerações, onde as imagens captadas pelos alunos serão mescladas ao trabalho imagético anterior, composto pelos fotógrafos Alexei Joseph, Costa Neto, Daniel Doval, Emiliano Dantas, Laila Santana, Luca Barreto, Mateus Sá, Roberto Rômulo, Renato Titi e Vládia Lima.
As atividades fazem parte do projeto “Turismo da Gente”, idealizadas pelo ICEI e realizada em parceria com o IPHAN, numa iniciativa que pretende desenvolver e difundir um modelo de turismo sustentável, provocando na cidade um circuito turístico objetivando gerar uma rede de integração entre os agentes da cadeia produtiva social, cultural e turística.
RELEASE DA EXPOSIÇÃO
– Nota da curadoria por Rafael Lage
Essa é uma mostra sobre Olinda e seu maior patrimônio: os moradores da cidade. Pessoas que cotidianamente relembram e recriam a cultura. Frevos, cocos e maracatus não existem por si só… Quando uma igreja deixa de ser um local de culto e celebração, resumindo-se a um atrativo turístico e arquitetônico, temos a projeção de uma cultura, a sua mera expressão material. Por isso, tão importante quanto proteger prédios e edificações, precisamos preservar as pessoas, vetores da cultura e guardiões do patrimônio imaterial que confere sentido aos objetos e símbolos.
Entretanto, é possível reproduzir esse universo de sensações, relações, comportamentos e ações artísticas sedimentadas no tempo? É um desafio coletivo para o presente e para o futuro, o qual todos devemos enfrentar e que encontra neste mesmo enfrentamento vida e dinamicidade através de novas iniciativas e propostas.
Sendo assim, para retratar o patrimônio cultural na cidade de Olinda, convidamos 10 fotógrafos que moram ou moraram na cidade. Suas imagens dão forma ao impalpável, são fragmentos de uma trama invisível que se manifesta nos corpos, nos gestos, rituais e espaços consagrados por uma herança viva, presente no dia a dia dos olindenses.