‘Caminhada Viva o Recife Antigo’ desvendou curiosidades e fatos históricos



Grupo descobriu lugares como Rua do Bom Jesus, Marquês de Olinda e Rua da Moeda



Grupo descobriu lugares como Rua do Bom Jesus, Marquês de Olinda e Rua da Moeda


A primeira ‘Caminhada Viva o Recife Antigo’ realizada ontem (7) pelo Bairro do Recife atraiu a atenção de muitos recifenses em um roteiro que percorreu a Praça do Arsenal da Marinha, a Rua do Bom Jesus, a Marquês de Olinda, o Marco Zero, Rua da Moeda, entre outros locais. Ao longo do percurso, o grupo descobriu fatos curiosos da história e da cultura recifense.

O gerente de tecnologia da informação Rafael Cordeiro foi acompanhado da esposa Leila. “Achei muito válido. O roteiro é bem legal e a guia é preparada”, comentou. Para a estudante Edrielly Kalini de Souza, “é a oportunidade de conhecer detalhes não percebidos até mesmo pelos que moram há tantos anos no mesmo lugar”, disse.

Na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus e Rua da Cruz, o grupo descobriu que a arquitetura composta por prédios “altos e magros” foi uma tradição implantada com a chegada dos holandeses. Como eram muitos homens chegando ao mesmo tempo, era necessário abrigá-los em uma estrutura que os comportassem, aproveitando melhor o espaço. Foi a primeira espécie de estrutura vertical no Brasil. Embaixo, ficava a senzala ou o comércio, nos pisos superiores a sala e o quarto e no alto, a cozinha, por causa do fogão à lenha para que a fumaça não atrapalhasse a comunidade.

O nome da rua, à época em que era Rua dos Judeus, também se deve à influência holandesa, pois Maurício de Nassau abriu para a prática de todas as religiões, inclusive a judaica, o que provocou a chegada de uma grande leva de judeus na cidade. Hoje, sabe-se que a rua abriga a mais antiga sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, comprovada por rabinos de outros países que investigaram o poço micvê com características construtivas do Brasil Colônia.

No Museu a céu aberto, na Praça do Arsenal, o público pode conferir o resultado das escavações arqueológicas. Lá, descobre-se que o Recife já foi uma cidade sitiada, protegida por portas com chave e arcos, cuja entrada era controlada por pessoas de comando.

Na Rua Marquês de Olinda, durante a Caminhada, pode-se constatar as influências francesas e inglesas. O estilo arquitetônico é eclético, tendo sido empregado durante a modernização do Recife, no século 19, período em que houve a abertura dos portos e a vinda de investidores europeus.

Outra curiosidade é que a Rua da Moeda já abrigou em 1645 uma Casa da Moeda, daí o seu nome. Na época, os holandeses precisavam cunhar moedas para pagar os soldados. O mais interessante é que o níquel era quadrado.

O passeio a pé acontece semanalmente aos domingos com saída da Praça do Arsenal da Marinha, a partir das 15h. Para outras informações, o público pode ligar para o telefone 3355.8847.




Com Informações da Assessoria

 

 

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