A cena teatral do Recife está fervendo. Confira

 

Desde quarta -feira  (23), acontece o 13ª Festival Recife de Teatro Nacional,onde está sendo apresentados espetáculos nos principais teatros da cidade do Recife com preços populares, de R$5 a R$10. Com isso a cena teatral da cidade está fervendo, veja a nossa seleção e bom espetáculo!

 

Desde quarta -feira  (23), acontece o 13ª Festival Recife de Teatro Nacional,onde está sendo apresentados espetáculos nos principais teatros da cidade do Recife com preços populares, de R$5 a R$10. Com isso a cena teatral da cidade está fervendo, veja a nossa seleção e bom espetáculo!

Quem não sabe mais quem é, o que é e onde está precisa se mexer (SP)

 

 

“Não somos mais Hamlets, não representamos mais nenhum papel”, diz o ator. Ao que a atriz responde: “Mas, então, quem, o que é isso? Três artistas, três terroristas, três crianças? Uma banda de garagem, super heróis, macacos? Temos energia, vontade, clareza. Mas, onde estamos?” Estas são perguntas que saltam de um dos espetáculos mais inquietos da temporada, que caminha das ruas ao palco para investigar os escritos do dramaturgo alemão Heiner Müller. Eles fazem companhia às perplexidades – quase sempre auto-irônicas e bem humoradas – de uma geração que quer representar a si mesma e busca compreender seu lugar no mundo. A montagem foi vencedora do último Prêmio Shell, pela pesquisa cênica, e eleita pelo jornal Folha de S. Paulo a melhor estreia de 2009.



DIA 25/11 (Quinta-feira)

Nascedouro de Peixinhos

20h – Espetáculo – Memória da Cana (SP)
Grupo – CIA: OS FOFOS EM CENA

Um Nelson Rodrigues original, como há muito não se via. Álbum de família é a fonte, transcriada por Newton Moreno e seu grupo na direção de um passado, o nosso, “que se estuda tocando em nervos”, como disse Gilberto Freyre, o outro pernambucano que informa a montagem. Uma família em que a violência dos desejos se encaminha na direção do incesto e do escândalo, mas que aqui, para além destas marcas características de Nelson, ganham o arremate de um dedicado olhar sobre as nossas raízes, de brasileiros e brasileiras. É a família levada de volta ao canavial, mas também de volta para dentro de nós mesmos. “Ao tempo em que devolve Nelson Rodrigues à sua primeira memória (…) a ambientação nordestina, em vez de limitar seu alcance, atribui ao texto um peso raramente visto nos palcos do país nas últimas décadas”. (Gabriela Melão, revista Bravo!).

DIA 26/11 (Sexta-feira)

Teatro Apolo

19h – Espetáculo – Savana Glacial (RJ)
Grupo – CIA: Físico de Teatro

Dramaturgia de Jô Bilac – autor revelação na nova cena carioca, indicado ao Prêmio Shell/Rio por este texto – Savana glacial é um experimento narrativo e tem estrutura fragmentada como a mente da personagem Meg, mulher que sofre de perda de memória e vive isolada do mundo em seu pequeno apartamento, junto ao marido, o escritor Michel. Tudo se complica quando a misteriosa vizinha Agatha invade a privacidade do casal, criando um jogo de verdades e mentiras. É quando o público toma para si o enigma dessas relações obscuras. “Com pistas desviantes, Bilac constrói exercício narrativo no qual se acumulam diversos meios expressivos (…). Savana Glacial demonstra as qualidades de um autor que utiliza fontes dramáticas variadas para armar inventivos quebra-cabeças cênicos”. (Macksen Luiz, Jornal do Brasil).

DIA 27/11 (Sábado)


Teatro Hermilo Borba Filho

21h – Espetáculo – Mar me quer (BA)
Grupo – CIA: A outra Companhia de Teatro


Baseado na novela do moçambicano Mia Couto, Mar me quer é a história de Zeca, homem em fuga do seu passado e em diálogo com seu avô, já morto. Apaixonado por uma mulher mais velha, Luarmina, ele precisa recorrer às memórias para conquistar a amada. O processo que levou ao espetáculo, recém-estreado, envolveu a baiana A Outra Cia. de Teatro em um ciclo de instalações urbanas em diversos pontos de Salvador. O resultado é uma delicada narrativa, regida por um fundo sonoro executado pelos próprios atores a partir de instrumentos nada convencionais. Uma peça sobre o mar como metáfora para o destino do homem.

DIA 28/11 (Domingo)

Teatro Santa Isabel

Tomo suas mãos nas minhas (RJ)
Grupo – CIA: Conexão Cinema e
“Tomo suas mãos nas minhas” era a forma como Anton Tchekhov terminava suas cartas a Olga Knipper, primeiro amiga, depois amante e, finalmente, esposa do escritor. A correspondência entre os dois é a base do elogiado texto da americana Carol Rocamara, defendido em cena por Miriam Freeland e Roberto Bomtempo, que comemora 25 anos de carreira, nestes 150 anos do nascimento do autor russo. A montagem é uma das mais festejadas entre público e crítica e recebeu quatro indicações ao Prêmio Shell/2010. “A encenação é primorosa (…) Tomo suas mãos nas minhas é um espetáculo comovente e apaixonante, realizado com toda a dedicação que Tchekhov merece”. (Bárbara Heliodora, O Globo).

 

 

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