Educação e esportes devem caminhar juntos

 

A escola é um dos caminhos primordiais para um jovem adquirir novos princípios morais, que serão necessários ao longo de sua vida.

 

A escola é um dos caminhos primordiais para um jovem adquirir novos princípios morais, que serão necessários ao longo de sua vida.


 

Entretanto, somente com a educação pedagógica crianças e adolescentes não têm como pôr em prática tais valores. Por isso, atividades esportivas, tanto de forma amadora quanto profissional, são indispensáveis para colocar em evidência esses novos conjunto de ideais.

Para jovens como Thiago Benevides, 17, quarto melhor no ranking de arremesso de martelo da categoria Junior e detentor da segunda melhor marca do ano passado no Brasil com 53,33 m, o esporte é a única oportunidade que ele encontra de dar-lhe uma vida mais digna e com um futuro melhor longe da dura realidade que vive com seus pais. Morador de uma casa com dois cômodos na comunidade Beira-Rio, em Boa Viagem, treina de segunda a sexta no Centro Esportivo Santos Dumont, com equipamentos velhos e danificados, e conta somente com a ajuda de seu treinador Daniel Gonçalves, 29.

Embora tenha conseguido grandes feitos no esporte Thiago parece se ‘perder’ longe do atletismo. O jovem foi reprovado quatro vezes nos últimos cinco anos na sua escola. “Não tenho muita aptidão para o estudo prefiro me dedicar aos treinamentos”, afirmou. Já o seu treinador pensa diferente. “O atleta precisa se esforçar mais com os estudos, pois o esporte sozinho não ajuda de forma completa”, disse.

Junto com Thiago treinam cerca de 120 jovens em busca do sonho de se tornar um esportista de futuro. E entre eles está Felipe Joaquim, campeão brasileiro juvenil no salto com vara. Felipe começou a praticar esportes após o convite de seu treinador Vanthause Marques, que o viu fazendo educação física no seu antigo colégio hoje, graças ao esporte ele conseguiu uma bolsa numa faculdade particular do Recife, onde está cursando o 3° período de educação física.

Mas Felipe ainda encontra muita dificuldade para treinar. Morando em Camaragibe, uma das cidades mais violentas da Região Metropolitana do Recife (RMR), ele encara uma rotina muito dura. Todo dia acorda às 5 horas da manhã e vai para a faculdade, depois vai para o treino em Boa Viagem e no começo da noite volta para casa. “Não tenho dinheiro para ir e vir de Camaragibe para o Recife todo dia, mas faço o que posso e conto com a ajuda de meus pais e do meu treinador”, desabafou.

O esporte também já lhe ofereceu grandes realizações como viagens e até mesmo um mês treinando em São Paulo com Fabiana Muller, a melhor do país no salto com vara. “O esporte me proporcionou uma vida melhor como atleta e como pessoa, pois me deu a oportunidade de ter saúde e poder estudar, sem ele com certeza estaria em outro mundo: o das drogas”, finalizou.

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