Companheira solícita de todas as horas, há algum tempo a bolsa deixou de ser apenas um acessório secundário e se tornou um item indispensável na composição do visual.
Mais do que um porta treco, hoje, uma de suas utilidades é deixar transparecer um pouquinho da personalidade de quem a usa. A infinidade de formatos, tamanhos e cores corroboram com essa ideia e acompanham o estado de espírito de seus usuários.
Os amantes desse tipo de acessório são normalmente compulsivos e insaciáveis. Para eles uma boa bolsa é motivo de matar ou morrer. Eles pagam valores que para nós, meros mortais, são exorbitantes, mas que para eles são apenas detalhes. Este tipo de público considera que a bolsa ideal é exclusiva, tem acabamento impecável e ostenta alguma marca internacional. Essa é a opinião da médica Andréa Melo, 37 anos. Consumista confessa, ela esbanja uma invejável coleção de bolsas formada por mais de 50 modelos, das mais variadas etiquetas. Diante do número impressionante, Andréa se explica: “Eu compro porque preciso de cada uma delas. Me sinto poderosa com minhas bolsas e para mim é um item indispensável já que carrego tudo dentro. Boa parte do meu salário é investido para aumentar minha coleção”, confessa.
Alheia ao consumismo deliberado, a publicitária Erianne Farias, 21 anos, é partidária do conforto. “Sou adepta do mochilismo porque passo o dia inteiro fora de casa e carrego muita coisa. Minha bolsa reflete o momento, mas não ligo para marca, me preocupo mais com a estética e o acabamento do produto”, explica.
A mochila que a publicitária Erianne carrega demonstra que na moda é comum a inversão de valores. A bolsa vem deixando de ser um acessório exclusivamente feminino e passou a fazer sucesso também com o público do sexo oposto, que por sua vez, não se limitou ao convencional. O exigente público masculino busca a diversidade de modelos tanto quanto as mulheres. O preconceito existe, na rua algumas pessoas ainda estranham ao ver homens usando bolsas, porém, os adeptos do acessório estão acostumados a reação do público e tiram a situação de letra. É o caso do blogueiro Everton Pinheiro, 21 anos. Ele escreve sobre moda masculina (www.achovallido.blogspot.com) e está habituado com esse dilema. Usuário assíduo das ‘maxi bolsas’ estilo esportivas, Everton revela a importância do acessório no seu dia-a-dia: “Uso pela comodidade de carregar as coisas, já que os bolsos das calças hoje em dia não são suficientes para levar chave, carteira e celular. Na minha bolsa, por exemplo, levo sempre meu smartphone, agenda, carregador de celular, bloco de anotações, kit de higiene pessoal e uma camisa reserva”, revela ele.
Independente do seu estilo, sexo ou classe social, a sua bolsa revela muito sobre quem você é. Moderno, clássico, tímido ou extravagante, detalhes da sua personalidade que são percebidos através da sua escolha. Por isso, para não passar uma imagem errada sobre seu perfil, selecione bem o acessório que mais combina com você. A dica é a seguinte: os baixinhos devem fugir das bolsas grandes, elas diminuem a silhueta e dá a impressão que a bolsa está carregando você, e não o contrário. Quem tem baixa estatura deve apostar em bolsas médias e pequenas. Quem é alto pode tudo: bolsas grandes, médias, pequenas, largas. E lembrem-se: investir em produtos de qualidade é uma garantia de durabilidade. Às vezes vale a pena pagar mais caro por um produto que vai durar mais tempo. Sempre atentos ao material, acabamento e a funcionalidade de bolsos e fleches. No mais, escolham suas bolsas preferidas e juntem-se ao clube dos amantes do acessório mais funcional do nosso guarda-roupa.