Respeitar as diferenças e ser imparcial à elas é um dos princípios do jornalista, coisa que os “profissionais” da Revista Veja não têm, então é melhor nem falar em ética, pois essa foi a única palavra que eles não inventaram.
Igor Paulin, Júlia de Medeiros e Leonardo Coutinho foram os que assinaram, na edição da Veja no inicio de Maio, uma “reportagem”, esse não seria o termo correto para salientar, que discrimina não só os índios, mas também o meio-ambiente, os antropólogos e a inteligência do leitor. Usando de números absurdos e questionando a FUNAI por ter “barrado” – termo usado na Veja – um empresário que queria comprar as terras pertencentes aos índios.
“A Farra da Antropologia Oportunista” foi o título preconceituoso usado na matéria em que afirmaram que “a delimitação de reservas indígenas e quilombos ajudam a engordar as contas de organizações não governamentais e diminuem ainda mais o território destinado aos brasileiros que querem produzir”. Tal afirmação sem nenhum critério, apenas capitalista, faz com que os índios não sejam brasileiros?
Como sempre, a Veja se coloca a cima de todos os cientistas e não tem o mínimo cuidado de destruir a credibilidade das instituições e seus profissionais, chegando até a afirmar que os índios não existem. São textos opinativos mostrando total desrespeito em seus subtítulos, tais como:
“Made in Paraguai”, “Os Novos Canibais”, “Teatrinho na praia”, “Macumbeiros de cocar” e “Os ‘carambolas’”, neste ultimo um trocadilho por demais preconceituoso com os quilombolas, população negra descendentes de africanos escravizados no Brasil colonial.
A Veja nunca foi e nunca será um veículo crédulo, ela é uma revistinha de empresários que usam como ponte os copiadores opinativos que se denominam de jornalistas.
> Nota da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI