Lula Côrtes

Sorriso magro e encarquilhado

Sorriso magro e encarquilhado

 

 

É grande mestre…

De tantos desenganos persistimos com estes cantos foscos.

Com sorrisos magros que tendem a se encarquilhar, por falta da identidade de ser o que realmente é…

Sensações de madrugadas perdidas, e do que é o “meio”…

Ser um comum…

Que causa suores e enxerga a falta de identidade nas pessoas.

Que causa a curvatura onde nem nelas, se observa pensamentos…

Os martírios não são mais compartilhados…

Entre irmãos? Que nada!

Delírios, que além de loucos e vivenciados, são esquecidos nas esquinas e mesas frias e fúteis.

De que adianta querer voar grande mestre? Se não temos mais ideologia e vontade de lutar por um ideal?

Falsamente sim!

No meio do “meio”.

Daqueles que se olham e se matam pelas costas.

Dos que se enganam com sorrisos e olhares.

E que se alimentam…

De pessoas em pedaços…De gente forte e sincera.

Com corações amargurados e quiçá atrapalhados, vivemos…

Testa franzida, suada e pensativa…

Abrindo os olhos numa madrugada mágica, de frente pro mar.

Homenagem a Lula Côrtes. Baseado na Música – Desengano, do Disco – “O gosto novo da vida”, datado de 1981 e um dos melhores discos de música pernambucana que já ouvi.