A anestesia é um procedimento imprescindível em uma cirurgia e que possui uma relação intrínseca ao tipo e objetivo do ato cirúrgico. No caso dos transplantes, não é diferente. Afinal, existem diversas técnicas e drogas que são mais adequadas para determinados procedimentos e pacientes.
Em relação aos transplantes renais, por exemplo, é preciso saber uma série de informações sobre doador e receptor. Segundo a anestesiologista da Cooperativa dos Anestesistas de Pernambuco (COOPANEST-PE), Socorro Barbosa, o receptor, geralmente, possui, além do problema renal, diabetes e hipertensão arterial sistêmica, fazem uso de várias medicações. “Nós sabemos que o diabetes é a causa líder de insuficiência renal crônica. Além disso, muitos são coronariopatas, pois tanto o diabetes, como a insuficiência renal crônica propiciam o surgimento da coronariopatia. Muitos destes pacientes estão fazendo hemodiálise ou diálise peritoneal. Portanto , tenho que escolher uma técnica anestésica com drogas que não sejam eliminadas por via renal , nos casos dos transplantes renais, uma vez que este paciente tem a sua função renal comprometida e não sabemos se teremos sucesso com o transplante”, explica.
A palavra-chave nestes casos é cuidado extremo. Tanto o doador quanto o receptor renal são muito bem avaliados previamente. Em relação ao doador vivo, é preciso saber se o seu estado de saúde é perfeito, para que ele não seja prejudicado com a retirada do rim, e se o doador possui alguma doença infecto-contagiosa que possa ser transmitida ao receptor, a exemplo de hepatite ou AIDS. “ Enfim, ambos são submetidos a uma série de exames antes do transplante ser realizado. Por isso, as visitas pré-anestésicas são de fundamental importância para que o anestesista conheça profundamente o seu paciente e possa conduzir a anestesia da forma mais segura possível, pois o ato anestésico influencia sobremaneira no resultado cirúrgico”, conclui.
*Via assessoria
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