A Sociedade Brasileira de Cardiologia caracteriza o sedentarismo como o mal do século, além de ser um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares
10 de março é o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo. A data visa conscientizar a população sobre os riscos do sedentarismo para a saúde e incentivar a prática regular de atividades físicas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado um dos países mais sedentários da América Latina. Ainda de acordo com a OMS, pelo menos 47% dos brasileiros são considerados fisicamente inativos, ou seja, não praticam atividades físicas suficientes para manter a saúde. A Sociedade Brasileira de Cardiologia caracteriza o sedentarismo como o mal do século, além de ser um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, que podem levar a tratamentos de alta complexidade.
Flávio Feijó, cardiologista do Hospital Santa Joana Recife, comenta que diversas doenças cardiovasculares podem conduzir à necessidade de cirurgia cardíaca, abrangendo uma gama significativa de condições. Além disso, o especialista afirma que o perfil dos pacientes que necessitam de cirurgia cardíaca varia conforme a doença que motivou a indicação do procedimento. “Existe a cardiopatia reumática, doença que atinge as válvulas do coração, na qual os indivíduos, geralmente, são mais jovens e apresentam menos comorbidades, a doença coronariana, tipo de doença cardíaca que causa o fornecimento inadequado de sangue até o músculo cardíaco, na qual os pacientes podem ter uma faixa etária diversificada, sendo observada uma crescente incidência em indivíduos mais jovens que se submetem à cirurgia de revascularização miocárdica, também conhecida como cirurgia de ponte de safena”, explica.
“Também podemos citar a doença valvar degenerativa, que valva apresenta falha de fechamento, levando à regurgitação sanguínea e ao aumento do átrio, promovendo manifestações clínicas graves. Nesses casos, as pessoas costumam ser mais idosas e compartilham fatores de risco semelhantes aos que têm doença coronariana. Frequentemente, essas duas condições coexistem. Na ocorrência de cardiopatia congênita, a maioria das cirurgias são realizadas na infância”, complementa o médico.
Ainda de acordo com Feijó, o principal benefício da cirurgia cardíaca reside na significativa melhoria da qualidade de vida. “Ao submeter-se à cirurgia cardíaca, o paciente experimenta uma redução substancial nos sintomas associados à condição cardíaca, resultando em uma vida com menos limitações. Além disso, a cirurgia cardíaca não apenas alivia os desconfortos, mas também prolonga a sobrevida, permitindo que o indivíduo desfrute de uma vida mais longa e saudável”, finaliza.
*Via Assessoria