Sem sombra de dúvidas o dia 9 de outubro de 2010 se tornou um dia inesquecível e épico para todos aqueles que presenciaram o show do Rage Against the Machine. Os californianos subiram ao palco do Festival SWU com vontade de mostrar a quem ainda podia ter dúvida os “porquês” eles são uma das bandas contemporâneas de maior expressão.
O tempo passa e a pegada dos caras é única! Começam e terminam o show no mesmo gás, destilando seus clássicos de forma pesada e instigante. Além disto, os caras mais uma vez supreenderam a organização do festival distribuindo ingressos para militantes do MST. Não esqueçam que os caras do RATM, seguem uma linha ideológica altamente politizada em prol dos menos afortunados. Atitudes como estas fizeram com que diversas apresentações da banda fossem proibidas em vários estados americanos. Este fato virou contra àqueles que os vetaram. A banda creceu em enormes proporções em razão desta censura.
Voltando a apresentação do Festival SWU, ficam alguns fatos lamentáveis. O primeiro pela péssima organização do festival em termos de estrutura. Obviamente que o público estava numa pilha enorme, mas não se pode deixar que a barricada que separava a pista premium da normal fosse derrubada e invadida por centenas de pessoas. Isto é falha de organização sim! Afinal, a banda teve que parar o show duas vezes para que as pessoas pudessem se afastar e a barricada fosse levantada.
O pior de tudo foi a cobertura do Canal Multishow. Posso afirmar honestamente que foi uma das piores coberturas de um evento ao vivo que já vi na vida. A ex- VJ da MTV Luisa Micheletti afirmando que a banda era “enrrolada”, que estava demorando para entrar no palco e (pasmem), quando tudo ainda estava apagado, “só ela” viu Zack de la Rocha com uma camisa com uma estrela vermelha. Começa o show e o vocalista entra com uma camisa social vermelha. Tudo a ver…Além disto, (pasmem 2) escuto a seguinte frase – “Estou ansiosa para ver Tom Morello, que é um dos maiores guitarristas da “ATUALIDADE” (este merece uma estátua por toda criatividade e talento há pelos menos uns 20 anos) e porque sempre quis ouvir “KILLING IN THE NAME “OFF”, ao vivo”.
Continuando com cúmulos do absurdo. A senhorita repórter Erika Mader, foi entrevistar um sujeito afirmando ser fã do Rage Against the Machine. No final o cara diz que não conhece nenhuma música, que é fã da banda, que só estaria ali por conta do RATM e que curtia a banda por conta da “tatuagem do cara!”. Sem falar dos, “muito show”, “muito irado”, “muito maluco” do referido sujeito na hora de entrevista.
E, para terminar, temos que falar do Sr. Beto Lee…bem, fica uma citação honrosa a sua cara de bunda suja ao encerrar a transmissão do show ainda faltando mais de meia hora para o término do mesmo. Parabéns Multishow!
Vida para o Rage Against the Machine, que mostra que com o passar dos anos continua cada vez mais atual. E, principalmente, dando aulinha para essas bandas farofas, de bichinhas emotivas que temos no Brasil hoje em dia.
Estou morrendo de medo de “ser muito xingado no twitter”.