O mercado global exige agilidade, e Pernambuco tem o potencial para se destacar. Com o Porto de Suape como hub logístico, uma localização estratégica no Atlântico Sul, e um mercado consumidor nordestino de 57 milhões de pessoas, o estado é um ativo subvalorizado. Para investidores, é hora de explorar oportunidades de alto retorno, desde que Pernambuco atue com ousadia e precisão.
Tarifas como Alerta de Mercado
A tarifa de 50% dos EUA, válida a partir de 1º de agosto de 2025, impacta a manga – principal exportação pernambucana, que rendeu US$ 45,8 milhões em 2024, mas pode perder US$ 32 milhões com a medida. Esse movimento, liderado por Donald Trump, é político, mirando países próximos aos BRICS e o nosso governo mais à esquerda. Para investidores, isso sinaliza riscos, mas também oportunidades. Pernambuco pode contornar a dependência de Brasília, forjando laços diretos com o setor privado americano, especialmente em hubs como Flórida – com sinergia logística com Suape – e Texas – líder em energia e tecnologia. Esses mercados buscam retornos concretos, e o estado pode entregar.
Crise como Catalisador de Lucro
As tarifas abrem janelas de investimento. A demanda global por energia limpa posiciona Pernambuco, com projetos eólicos e solares, como fornecedor para indústrias intensivas, como Data Centers. O Porto Digital, faturando R$ 4 bilhões anuais, atrai gigantes de tecnologia, como a Accenture, que já investiu em Recife. O mercado nordestino, em franca expansão, é outro chamariz para multinacionais de consumo e serviços. Setores como fintechs e mobilidade elétrica – com testes de ônibus elétricos no Recife – oferecem retornos escaláveis, combinando inovação e impacto social, um diferencial para fundos ESG.
Estratégia para Investidores
Pernambuco precisa de projetos ambiciosos que seduzam o capital global. Até agora, o estado hesita em propor iniciativas de grande escala, como parcerias público-privadas (PPPs) para modernizar Suape ou rodovias como a PE-060. O Programa de Parcerias Estratégicas de Pernambuco (PPE) e isenções de ICMS para energia e tecnologia são incentivos reais, mas precisam ser promovidos em fóruns como a Web Summit ou feiras em Internacionais. Simplificar a burocracia e investir em capacitação – com cursos em tecnologia e comércio exterior – reduz riscos regulatórios, garantindo confiança. Com o risco Brasil (EMBI+) em níveis moderados, estimado em cerca de 150 pontos, investidores devem adotar hedges claros, como proteção contra volatilidade cambial, enquanto Pernambuco pode garantir estabilidade por meio de contratos de longo prazo e parcerias bem estruturadas.
Um Pernambuco de Alto Rendimento
Pernambuco é um investimento promissor. Infraestrutura robusta o conecta às cadeias globais; um mercado consumidor pulsante atrai capital de longo prazo. Com energia limpa, tecnologia e localização estratégica, o estado tem os ativos certos. Cabe agora estruturar projetos de alto impacto, reduzir barreiras e dialogar com quem investe. O momento é agora e o retorno está à vista.
André Bruère – Presidente do LIDE Internacional, com três décadas de atuação em mercados globais
*Via Assessoria