Enquanto cresce no mundo a adoção da Inteligência Artificial (IA) por empresas de todos os portes, iniciativas têm mostrado como a tecnologia pode ser aplicada na prática para transformar negócios. No último fim de semana, mais de 80 empresários de diferentes setores participaram de um hackathon empresarial promovido no Recife pela Dreamind, empresa especializada em automação inteligente. Em 12 horas de imersão, os participantes foram desafiados a identificar dores reais de mercado e desenvolver soluções com o apoio de ferramentas de IA.
O encontro refletiu uma tendência global. Segundo a consultoria McKinsey, 72% das empresas já utilizam tecnologias de IA, e os investimentos na área aumentaram significativamente desde 2023. No Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) estima um crescimento de 150% na demanda por profissionais especializados em IA apenas em 2025.
“Há poucos anos, falar em IA parecia distante da realidade de pequenas e médias empresas. Hoje, vemos empresários criando produtos, modelando negócios e até estruturando equipes com apoio da tecnologia, em poucas horas. Isso mostra o quanto o acesso se ampliou e o quanto o mercado está se transformando”, afirma Douglas Ferro, CEO da Dreamind e idealizador do evento.
A proposta do hackathon foi reunir empreendedores com diferentes experiências para vivenciar, de forma colaborativa, os desafios de tirar uma ideia do papel e estruturá-la com base em dados, automação e análise inteligente. “Muitos ainda veem a IA como algo técnico demais ou restrito a grandes empresas. Quando mostramos como ela pode automatizar tarefas, melhorar processos e apoiar decisões estratégicas, a visão muda. Alguns participantes já saíram vendendo seus produtos”, relata Ferro.
No hackaton, a programação didática incluiu a criação de produto ou serviço inovador (MVP na prática), modelagem de negócios, planejamento financeiro, jurídico e contábil, construção de marca, automação com IA, pitch de vendas, estruturação de equipe, estratégia para escalar com lucro, entre outras abordagens. “Ao fim, além de um negócio validado ou com base sólida para ser validado, foram estabelecidos planos de ação, networking com empresários, mentores e investidores, know-how prático que levaria anos para aprender e clareza de como usar IA como aliada para crescer mais, com menos esforço”, explica o CEO da Dreamind.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Estudos recentes reforçam os resultados observados no evento. De acordo com a McKinsey, a automação com IA pode reduzir custos operacionais em até 30% e aumentar a eficiência das empresas em até 50%. A consultoria Gartner aponta ainda que o tempo de resposta a incidentes pode cair 80% com o uso da tecnologia.
Para Douglas, mais do que eficiência, o desafio agora é garantir um uso planejado e responsável da IA. “Não se trata de substituir pessoas, mas de liberar tempo para que elas possam atuar onde são realmente insubstituíveis: na criatividade, no relacionamento, na estratégia. Estamos vivendo uma reconfiguração silenciosa, e quem entender isso cedo terá mais chances de liderar esse novo ciclo.”
*Via Assessoria