Jornalista brasileiro recebe prêmio inédito do International Center for Journalists (ICFJ) pela criação da série ‘LGBT+60: Corpos que Resistem’

O mineiro Yuri Alves Fernandes foi o único jornalista sul-americano reconhecido por seu trabalho inovador na websérie, que promove a compreensão pública e empoderamento acerca do tema da velhice LGBTQIAPN+

O jornalista mineiro Yuri Alves Fernandes está em Perúgia, na Itália, para receber o prêmio inédito News Creator Award for Excellence in Independent Video Journalism, ou em português, Prêmio Criador de Notícias de Excelência em Jornalismo de Vídeo Independente, do International Center for Journalists (ICFJ), uma das mais importantes organizações internacionais de jornalistas. O prêmio será entregue nesta sexta (11), pela idealização e produção da série “LGBT+60: Corpos que Resistem”, produzida para a plataforma de jornalismo independente #Colabora, que já soma mais de 10 milhões de views nas plataformas digitais, está em sua terceira temporada, e que revela a trajetória de vida e celebrações de brasileiros LGBTQIAPN+ na terceira idade.

A cerimônia compõe o XIX Festival Internacional de Jornalismo, um dos maiores eventos da categoria, e que recebe milhares de pessoas anualmente na cidade italiana. Yuri também foi convidado para compartilhar suas experiências no painel “Tornando-se independente: Como jornalistas estão construindo audiências e expandindo negócios em todo o mundo”.

“LGBT+60: Corpos que Resistem” está disponível na Globoplay, via Canal Futura, nas redes sociais e no canal do #Colabora (https://www.youtube.com/@colaborajornalismo).

“É uma sensação de dever cumprido. Eu me preparei muito para estar aqui, ao lado de jornalistas do mundo todo… É uma alegria enorme. No meu discurso, eu falo da minha trajetória. Falo sobre os meus pais, que não tiveram acesso à educação superior, mas me deram muitas oportunidades e também do Yuri adolescente, que lutou contra a sua própria sexualidade e que, hoje, consegue sensibilizar as pessoas com essas histórias”, diz o jornalista.

Desde que estreou, em 2018, a série já ganhou mais de 10 prêmios, incluindo os de Melhor Roteiro e Melhor Direção no Rio Webfest 2023, e Melhor Série de Diversidade no Rio Webfest 2024. “LGBT+60” também já levou o Prêmio Longevidade Bradesco Seguros na categoria Jornalismo Web (2019), o 20º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ na categoria Audiovisual e Arte Cênicas (2021) e o Digital Media Americas 2024 Awards, prêmio da Associação Mundial de Jornais e de Publishers de Notícias (World Association of News Publishers), na categoria Melhor Uso de Vídeo. A série também foi destaque em uma exposição do Museu da Diversidade, em São Paulo, e foi exibida no Museu da República, RJ.

“Se a série vem recebendo tanto reconhecimento, não só no Brasil, mas em todo o mundo, isso prova que o assunto é relevante e precisa ser pautado. Espero que “LGBT+60” seja essa semente para que a gente consiga falar de um futuro dentro da comunidade LGBTQIAPN+. Que a gente fale da resistência e da luta, mas que também possa falar sobre essas pessoas que já estão na longevidade e que lutaram tanto para que pudéssemos ter os nossos direitos hoje”, ressalta.

Voltando ao Brasil, o jornalista pretende trabalhar na quarta temporada do projeto, e busca novos investimentos para trazer ainda mais visibilidade ao tema:

“Na nova temporada, quero explorar mais o Brasil, conhecer histórias de idosos LGBT de diferentes partes do nosso país. Fico orgulhoso de ter criado um projeto de conteúdo inovador, com reconhecimento nacional e internacional, e que vem engajando. São mais de 10 milhões de views nas plataformas. Só no TikTok, são mais de 45 mil comentários e 600 mil curtidas nos vídeos, então é um conteúdo de interesse público e relevante para a sociedade, uma forma de mostrar que a comunidade LGBT, que é tão marginalizada, merece e tem o direito de se enxergar no futuro. É sobre sensibilizar, mas também sobre dar esperança para que a nossa comunidade consiga acreditar e viver na longevidade”, conclui.

Yuri Alves Fernandes é jornalista formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, diretor, roteirista, além de sócio e diretor-geral da #Colabora, plataforma brasileira de jornalismo dedicada à sustentabilidade e aos direitos humanos, onde atua há 7 anos. Também trabalhou na Rede Globo e foi repórter do GShow.

Yuri receberá o prêmio na Itália e é o único jornalista sul-americano, ao lado de outros sete criadores de notícias independentes de países diferentes. Os vencedores são reconhecidos por suas reportagens e narrativas inovadoras e confiáveis, que promovem a compreensão pública sobre questões importantes. O prêmio é uma iniciativa da instituição – fundada em 1984 – para reconhecer jornalistas que estão na vanguarda de um novo ecossistema de mídia.

Siga e assista “LGBT+60”:
YouTube: https://www.youtube.com/@colaborajornalismo
Instagram: https://www.instagram.com/lgbtmais60/
TikTok: https://www.tiktok.com/@lgbtmais60

*Via Assessoria