mais recente pesquisa sobre o setor de alimentação fora do lar divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel em PE) revela que uma em cada seis empresas registrou prejuízo em janeiro. Um crescimento de 70% em relação a dezembro.
O número representa 17% dos estabelecimentos ouvidos. Ainda na comparação com dezembro, 37% das empresas operaram em instabilidade e 46% fizeram lucro. Assim, no resultado do mês, 56% dos bares e restaurantes tiveram um desempenho menor em janeiro do que em dezembro.
Apesar disso, os resultados obtidos pelas empresas com o período carnavalesco foram positivos. 69% dos estabelecimentos que abriram no Carnaval disseram ter dito um aumento no faturamento em relação ao Carnaval do ano passado – esse aumento, em média, foi de 15%. Outros 10% tiveram um desempenho igual ao de 2023 e 13% ficaram abaixo. Já 6% das empresas não existiam em 2023.
Quando o assunto é inflação, 42% dos bares e restaurantes não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto 49% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação. Apenas 9% dos bares e restaurantes têm conseguido aumentar seus preços acima da inflação.
O endividamento também é um ponto de alerta para o setor pernambucano de alimentação fora do lar. 45% das empresas têm dívidas em atraso. Dessas, 75% devem impostos federais, 49% impostos estaduais, 45% empréstimos bancários, 19% encargos trabalhistas e previdenciários, 22% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 35% taxas municipais, 20% devem a fornecedores de insumos e 20% estão com o aluguel atrasado.
“Os números revelam uma realidade desafiadora para o setor de bares e restaurantes. O aumento significativo no número de empresas operando com prejuízo em janeiro reflete um cenário complexo. Embora o Carnaval de 2024 tenha proporcionado aumento no faturamento para a maioria, as dificuldades persistem, destacadas pelos desafios na precificação e a presença expressiva de dívidas em diferentes frentes. Encontrar um equilíbrio financeiro continua sendo uma busca constante para essas empresas, com uma dificuldade adicional para aquelas que contraíram financiamentos no período pandêmico e tem amortizações até 2025”, comenta Tony Sousa, presidente da Abrasel em Pernambuco.
*Via Assessoria