Nesta quinta-feira (22), às 19h, o escritor Jeferson Tenório, autor do livro “O avesso da pele”, participa da live “Sem Paulo Freire, nossa tragédia teria sido maior”, que abordará temas como educação e racismo. A conversa acontece dentro da segunda temporada da programação virtual da XIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, na sala Círculo das Ideias, com mediação do jornalista e crítico literário Schneider Carpeggiani. Vale ressaltar que a atividade faz parte dos tributos a Paulo Freire, um dos homenageados (in memoriam) da XIII Bienal PE. A programação virtual do evento começa nesta quinta (22) e segue até o sábado (24), com mais 14 atividades que podem ser acompanhadas, gratuitamente, em www.e-bienal.com.
Jeferson Tenório, um carioca radicado em Porto Alegre, com graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é reconhecido nacionalmente por defender uma educação libertadora, que ofereça instrumentos capazes de formar pessoas críticas. A live entra na programação da XIII Bienal PE como um dos principais assuntos a ser debatidos, pelo momento vivido pelo Brasil, já que a educação foi um dos setores mais atingidos desde o início da pandemia, mas também pela consciência de que os problemas observados não começaram agora, são frutos de uma histórica má gestão educacional.
Além de atuar como professor de língua e literatura na rede pública de ensino de Porto Alegre, Tenório também traz na bagagem a assinatura de três grandes sucessos literários. Sua estreia aconteceu em 2013, com o lançamento do romance “Beijo na parede”, vencedor do prêmio Livro do Ano, da Associação Gaúcha dos Escritores, e já em terceira edição. Em seguida, no ano de 2018, lança “Estela sem Deus”, uma obra que retoma a problemática do amadurecimento precoce da infância e juventude negras, em um contexto marcado pelo racismo e pela subalternidade econômica e social.
O seu mais recente livro, “O avesso da pele”, publicado pela editora Companhia das Letras em 2020, segue aclamado pela crítica como um dos grandes lançamentos do ano. Nele, Tenório também trata da violência naturalizada contra pessoas negras e pobres, mas sempre a partir de um ponto de vista interno, interessado em expressar a voz das vítimas.
Para acompanhar todas as novidades e a programação da segunda temporada virtual da XIII Bienal PE, os interessados também podem acessar as redes sociais do evento (@bienalpe).
Vale ressaltar que esta é a primeira vez na história que a Bienal PE, uma realização da Vox Produções, Ideação e Cia de Eventos, ocorrerá de forma híbrida, com programação virtual e presencial. Assim, o projeto realiza quatro iniciativas em 2021: três ações preparatórias em ambiente virtual – a primeira realizada em maio, a segunda agora em julho e a terceira em setembro –, e a feira propriamente dita, que acontece entre os dias 1º e 12 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Em sua XIII edição, a feira literária homenageia o educador Paulo Freire (in memoriam), no ano do centenário do seu nascimento, e a poetisa Cida Pedrosa, vencedora do prêmio Jabuti de Livro em 2020. O mote desta edição é “2021 – o ano em que a história começa”.
Entre os parceiros da iniciativa estão o Instituto Ricardo Brennand, Sesc, União Brasileira de Escritores (UBE), Porto Digital e Instituto Luiz Mário Moutinho. Este ano o projeto também recebe apoio institucional da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Petrobrás, para ações da Bienalzinha, uma iniciativa com programação voltada para crianças de zero a seis anos de idade.
*Via Assessoria
