“No início do Quinteto Violado, a proposta da gente era trabalhar a música nordestina a partir dos elementos que faziam parte dos foguetos populares aqui da região e também dos cancioneiros, e o nosso maior cancioneiro, que acompanhou todo o início dos cinco músicos no Quinteto sem dúvida foi Luiz Gonzaga. Eu digo sempre que a obra de Gonzaga foi o que definiu a sonoridade do Quinteto, e nos aproximamos muito quando fizemos logo no início da carreira, um circuito universitário com ele, nosso grupo foi escolhido como quem trabalhava a música dele com uma leitura mais avançada. Ficamos muito amigos dele.
O Quinteto sintetizava através do seu trabalho todos os grandes ícones da cultura nordestina como Gonzaga. Ele nos disse uma vez que o arranjo de Asa Branca que nós fizemos foi o mais belo arranjo que já fizeram para aquela música. Acho muito bom a gente não deixar perder esses elementos que fazem parte da identidade cultural nordestina. Por isso exposições como essa são tão importantes, temos que valorizar e estar presentes, pelo menos no que for possível para que as pessoas não percam as referências desses ciclos culturais muito ricos que a gente tem.”
*Via Assessoria