Festival vai trazer registros audiovisuais em locais icônicos de São Paulo e do Recife em uma programação gratuita de shows que conta ainda com workshops e debates
O Rec-Beat, um dos mais importantes festivais de música do país, realiza uma edição especial virtual no dia 14 de fevereiro de 2021, em pleno Carnaval. Palco tradicional da folia recifense, o evento pernambucano reforça o isolamento social ainda necessário para que possamos atravessar seguros este momento. Estão previstos nesse encontro digital, shows, performances, workshops e debates.
Denominada Rec-Beat SP, esta edição, que tem o patrocínio da Oi e apoio do Oi Futuro, transitará entre São Paulo e Recife. O festival vai para o digital, mas não abandona as ruas e os espaços públicos, que é uma das características do Rec-Beat. As performances das bandas e artistas que integrarão a programação serão gravadas em locais icônicos, entre eles alguns que dialogam com a experiência carnavalesca das capitais paulista e pernambucana, como o Largo do Paissandu, em São Paulo, o Marco Zero e o Cais da Alfândega, no Recife Antigo, onde tradicionalmente acontece o festival.
O Rec-Beat SP será transmitido pelo YouTube no canal do festival youtube.com/recbeatfestival, no domingo de Carnaval, com acesso gratuito e ancorado por uma dupla de apresentadores ao vivo que agitarão as mais de cinco horas de exibição com bate-papo e interação com o público.
“O Rec-Beat mantém uma postura e um conceito consolidado nesses mais de vinte anos de resistência, pautado principalmente na criatividade e na constante reinvenção. Nosso objetivo é produzir um conteúdo audiovisual com alta qualidade técnica e artística e que coloque o Rec-Beat SP entre as referências de versões digitais dos festivais independentes do país”, afirma Antonio Gutierrez, o Gutie, mentor e diretor do festival.
A realização desta edição é resultado de uma associação da Rec-Beat Produções com Digo Amazonas (Ao Redor Produções) e João Bagdadi (selo RISCO). A produção do conteúdo audiovisual é da Panamá Filmes, com direção de Filipe Franco e Cinza.
Drops
Fomentar conexões com diferentes linguagens artísticas é uma das características do festival que também estará presente nesta edição do Rec-Beat SP por meio de performances compactas de poesia, dança e música. Essas performances, com formato de “drops”, aparecem inseridas nos intervalos entre os shows.
Formação
O Rec-Beat reforça seu compromisso em ampliar o debate sobre a importância da economia da cultura no Brasil e sua profissionalização. Nesta edição, o festival conta com atividades formativas (workshops), painéis e debates sobre produção fonográfica, produção artística, criatividade e música periférica. Detalhes sobre as inscrições, datas e os artistas que irão ministrar os encontros ainda serão divulgados. Essas atividades precedem o evento principal e também serão gratuitas, porém com quantidade limitada de vagas para favorecer a interação entre os participantes.
Rec-Beat: diversidade, liberdade e resistência
Criado em 1995, o Rec-Beat é hoje um dos mais importantes festivais de música do Brasil. Idealizado e produzido por Antonio Gutierrez, o Gutie, o evento construiu ao longo desses 26 anos uma história de sucesso e relevância, sobretudo pelo seu interesse em incentivar e dar visibilidade a diferentes sonoridades da música brasileira e internacional, com destaque para a presença afro-latino-americana.
Ao longo de sua história, não só acompanhou lado a lado todas as transformações da música local e nacional como foi um dos protagonistas dessas mudanças. Do manguebeat ao carimbó, passando pela eletrônica, jazz, rap, rock e brega-funk, o festival sempre celebrou a diversidade cultural que está no cerne do Carnaval da cidade.
Neste momento tão difícil para o Brasil e o mundo, o Rec-Beat seguirá exercitando seu compromisso com a liberdade, diversidade musical e valorização da cultura, mas respeitando e fortalecendo o cuidado coletivo que precisamos para lidar com a situação atual.
Arte oficial
Todos os anos o Rec-Beat convida um artista para criar uma obra inédita que representa a proposta do festival e é utilizada na programação visual de divulgação do evento. Quem assina a arte da edição 2021 é o multiartista visual curitibano Rimon Guimarães (IG: @rimonguimarães). A identidade visual fica por conta dos designers pernambucanos Gabriela Araújo e Eduardo Souza.
Artista autodidata, Rimon atua em diferentes mídias, como murais em larga escala, pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, videoinstalações, performances, composições e áudio. Sua obra busca, através das trocas culturais, transmutar o espaço-tempo em um trabalho bastante imaginativo e de cores vivas. Seus trabalhos estão espalhados em países como EUA, Argentina, Gâmbia, Malásia, Itália, Holanda e diversas cidades aqui no Brasil. Ele assinou recentemente o mural que marcou a reabertura do Minhocão, no centro de São Paulo.
Na ilustração para o Rec-Beat, Rimón se inspirou na herança latina, nas raízes dos povos indígenas e na ancestralidade negra, que se entrelaçam com a cultura urbana paulistana e recifense. “Decidi trazer como personagem principal uma menina preta skatista, pois isso reflete muito a proposta urbana de ocupar os espaços”, explica Rimon. “Eu quis mostrar esse lado urbano de São Paulo, dos grandes murais e fachadas e fazer uma conexão com o Recife”.
O Rec-Beat SP tem patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro via Proac-ICMS – Governo do Estado de São Paulo / Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e apoio da Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo. Realização Ao Redor, idealização Rec-Beat Produções e parceria selo RISCO.
*Via Assessoria