Michael Jackson passou dois meses sem dormir antes de morrer



Charles Czeisler, da Universidade de Harvard, diz que aplicações do anestésico propofol impediam o músico de ter um sono reparador

O músico Michael Jackson passou dois meses sem dormir antes de morrer, concluiu nesta quinta-feira o especialista em sono Charles Czeisler, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, durante o julgamento da produtora que faria a última turnê do cantor, a AEG Live. Czeisler, que atua como consultor de sono para a Nasa, a CIA e os Rolling Stones, compareceu na corte de Los Angeles para explicar os efeitos negativos que a administração do anestésico propofol tiveram no cantor. As informações são da CNN.


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Segundo o especialista, Jackson pode ter sido o único humano na história a ficar dois meses sem o sono REM (sigla para Rapid Eye Movement), mais leve, quando geralmente acontecem os sonhos e que, de acordo com o especialista, é vital para manter o cérebro e o corpo vivos. De acordo com Czeisler, as injeções do anestésico dadas a Jackson pelo médico Conrad Murray, condenado pelo homicídio culposo do músico, interrompem o ciclo normal de sono, impedindo o estágio REM de acontecer. Então, embora ele acordasse se sentindo renovado na manhã seguinte, como se tivesse dormido de verdade, não tinha os benefícios de uma verdadeira noite de sono, como a reparação das células cerebrais.

Fonte: http://veja.abril.com.br