Sessenta e quatro anos depois somos remetidos ao local onde Anne Frank escreveu seus relatos sobre os dias de esconderijo no “anexo secreto”, nome dado por ela ao prédio onde a família Frank ficou escondida durante boa parte da segunda guerra.
A volta ao passado não é feita apenas, através do livro original, essa “viagem no tempo” pode ser feita também por meio da obra de Francine Prose, “Anne Frank – A história do Diário que comoveu o mundo”.
Para a autora, Anne não era apenas uma adolescente, ela era uma escritora nata. O diário não foi criado somente com o objetivo de registrar as inseguranças, os medos e sonhos de uma garota. Foi também para deixar gravados, os anos de horror vividos por aquela família. Os registros originais do diário foram encontrados pelo único sobrevivente que habitou o anexo, o pai de Anne, Otto Frank.
Francine traz detalhes que não foram percebidos anteriormente, um exemplo disso é o fato de que o diário foi rejeitado várias vezes antes de ser publicado. Os holandeses achavam que ninguém iria comprar o diário de uma garota, além de não querer lembrar o sofrimento vivido por eles. Após muita batalha e alguns artigos sobre o diário em algumas revistas, o livro finalmente foi lançado, tendo cinco reimpressões na Holanda e uma na Alemanha.
Após oito anos, ganhou uma nova edição nos Estados Unidos, assim como na Holanda, o diário inicialmente sofreu rejeição, porém publicações na Commentary, New York Review e um prefácio de Eleanor Roosevelt, fizeram com que o diário virasse um best-seller.
Em todo o livro de Francine Prose é possível ver esses fatos ocultos, até então. Fatos que são ainda mais detalhados através da ótica de uma escritora que implicitamente, se declara fã, da garota que sem perder seu jeito adolescente soube retratar com tanta veracidade e sentimento, o sofrimento de uma guerra.
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