O FUTURO É NA BASE

Ser um jogador de futebol famoso, ídolo do clube de coração e ganhar muito dinheiro. Este é um sonho comum de muitos jovens e crianças que um dia pretendem seguir carreira nos gramados futebolísticos. Entretanto, a realidade é bem diferente do que a imaginação pode proporcionar.

Ser um jogador de futebol famoso, ídolo do clube de coração e ganhar muito dinheiro. Este é um sonho comum de muitos jovens e crianças que um dia pretendem seguir carreira nos gramados futebolísticos. Entretanto, a realidade é bem diferente do que a imaginação pode proporcionar.

Hoje em dia, para se tornar um Ronaldo fenômeno é necessário algo mais do que só a vontade dos futuros craques é preciso planejamento, estrutura e dinheiro.

Poucos clubes de tradição, como o São Paulo e o Santos, tem essa composição. Chegando a funcionar como se fossem uma verdadeira sociedade, onde as crianças moram dentro da própria agremiação. Eles possuem centros de treinamentos e alojamentos bem equipados, investem grande quantidade de dinheiro em materiais – bolas, chuteiras e um bom campo – e na educação escolar desses jovens e traçam planejamentos a longos prazos. O resultado aparece nos gramados. Muitos desses jovens (como Kaká, Robinho, entre outros) se tornam grandes jogadores porque tiveram tempo e estrutura suficiente para lapidar suas habilidades, além de conquistarem campeonatos importantes.

Em contra partida outros grandes clubes do futebol brasileiro pagam muito caro por não darem o devido valor à categoria de base. Um desses exemplos são os clubes pernambucanos. Tanto Sport, Náutico e Santa Cruz, estão sofrendo por (praticamente) abandonarem as categorias de base. Os dois primeiros foram jogaram a segunda divisão do futebol nacional em 2010 e vão permanecer por mais um ano na série B. Já o tricolor do arruda amarga três longos anos (e ficará mais um) na quarta divisão do campeonato brasileiro.

Contudo, parece ter surgido uma luz no final túnel e os três clubes estão acordando para o que representa a categoria de base. No entanto, eles ainda têm muito que galgar. Fazer um planejamento sério, encontrar uma boa estrutura (com gramado e materiais esportivos em bom estado) e contar com profissionais dedicados e capacitados não é uma tarefa das mais simples.

Com bons centros de treinamentos Náutico e Sport já deram o primeiro passo para fortalecer e surgir futuros craques. O timbu está sendo o pioneiro no Estado. Investimentos pesados (inclusive da própria torcida) no CT Wilson Campos, que tem 500000m2, o tornará o maior do nordeste. Ele terá seis campos oficiais – dos quais quatro já estão prontos –, alojamentos para profissional e juniores, estacionamento e hotel.

Veja aqui o vídeo sobre o CT Wilson Campos (http://www.youtube.com/watch?v=PxI7tNDo5e4)

E o site (http://ctdaguabiraba.blogspot.com/)


Já o Sport, que em 2001 abandonou a base, adquiriu o bom centro de treinamento do Intercontinental, e terá uma estimativa de investimento de R$ 6,5 mi bancados pelo seu patrocinador master, o Banco BMG. O dinheiro será para a reforma dos cinco campos já existentes, construção de um hotel com 20 apartamentos para receber 40 dos cerca de cem jovens que deverão freqüentar o CT. Também haverá salão de ginástica e restaurante.

Dos três clubes a situação mais crítica é a do Santa Cruz. De acordo com o coordenador das categorias de base tricolor, Fernando Galvão, o clube está planejando a construção de um CT. “Estamos procurando um terreno que seja bom para fazermos nosso centro de treinamento”, disse Fernando.

Contudo, o coordenador não escondeu a tristeza em relação ao futebol de base coral. “Não temos campo e nem onde treinar e somente dois dias para os exercícios dos jovens”, lamentou. Para ele as divisões de baixo são vistas como gasto pelos clubes e patrocinadores e não como investimento.

Fernando também sugeriu a descentralização de poder na CBF e fazer um departamento somente para a categoria de base. “Seria ótimo, com isso teríamos mais visibilidade, mais investimentos e patrocinadores e um campeonato melhor”, completou.

 

 

Click e Siga a Revista Click Rec no Twitter:
tweet