A Suprema Felicidade

Um pouco de nostalgia autobiográfica com uma pitada de apreciação. É assim, com esses ingredientes que mais de 20 anos depois Arnaldo Jabor volta a dirigir um longa-metragem. A Suprema Felicidade (2010) é o oitavo filme do diretor, contando também com documentários e curtas-metragens e que procura trazer ao telespectador a vida de uma família carioca de classe média.

Fazendo um resumo da trama, basicamente seria que ela descreve a infância tumultuada e as descobertas na juventude de Paulo na década de 1950. Mostrando os conflitos e relacionamento no casamento dos pais, o dia a dia na escola católica, a forte ligação com o avô materno e a descoberta dos primeiros amores. Entretanto, Jabor não deixa de lado seu olhar político e faz algumas críticas às personagens sem tirar a graça e a beleza do Rio de Janeiro de tempos atrás.

Um pouco de nostalgia autobiográfica com uma pitada de apreciação. É assim, com esses ingredientes que mais de 20 anos depois Arnaldo Jabor volta a dirigir um longa-metragem. A Suprema Felicidade (2010) é o oitavo filme do diretor, contando também com documentários e curtas-metragens e que procura trazer ao telespectador a vida de uma família carioca de classe média.

Fazendo um resumo da trama, basicamente seria que ela descreve a infância tumultuada e as descobertas na juventude de Paulo na década de 1950. Mostrando os conflitos e relacionamento no casamento dos pais, o dia a dia na escola católica, a forte ligação com o avô materno e a descoberta dos primeiros amores. Entretanto, Jabor não deixa de lado seu olhar político e faz algumas críticas às personagens sem tirar a graça e a beleza do Rio de Janeiro de tempos atrás.

 

Um ponto que Jabor parece exercer todo seu olhar crítico são as personagens feministas. Em todo o longa, as mulheres que cercam a vida de Paulo, desde sua mãe até a prostituta, por quem ele se apaixona, são de certo modo, histéricas ou maníaco-depressivas. Além de usar um grande apelo sexual.

Aliás, os personagens que se apresentam no filme não acrescentam nada de novo. Os velhos clichês e todas as mesmas coisas. O personagem principal sempre esperançoso e querendo buscar uma melhora (tanto para ele, quanto para sua namorada), o avô boêmio – como um sábio da vida, o pai infeliz no casamento e em decadência no emprego, o pipoqueiro falante, etc.

De fato, o longa tenta mostra um saudosismo de Jabor em Paulo, mas se torna superficial ao contá-lo, pois desvia muito o foco para outras histórias (que também não saem do aparente), como as dores da mãe, o seu melhor amigo ser homossexual e as fantasias de seu avô.

De maneira geral, o filme incomoda e parece ser perdido no tempo. As cenas não são bem amarradas, principalmente por causa do vai e volta dos flashbacks (desnecessários, em grande parte), enquanto a narrativa e o roteiro não apresentam nenhum foco tornando-se angustiante.


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